Capacitação Curso de gestão de moda tem vagas abertas no Recife A ideia é fazer com que os empreendedores locais se preparem para as novas demandas de mercado, que são ocasionadas pelos avanços da tecnologia.

Por: Gabriela Araújo

Publicado em: 20/09/2017 08:35 Atualizado em: 20/09/2017 09:26

As inscrições para o curso, que acontece no Marco Pernambucano da Moda (foto) vão até o próximo dia 29. Foto: Divulgação
As inscrições para o curso, que acontece no Marco Pernambucano da Moda (foto) vão até o próximo dia 29. Foto: Divulgação
Se antes fazer compras era significado de ir ao shopping mais próximo,
hoje esse conceito parece já estar um pouco ultrapassado. Comprar pode significar adquirir produtos que estão perto da sua casa, em outro estado ou até em outro país, só que virtualmente. É por isso que, para conseguir oferecer vantagens a quem está comprando, o mercado de moda vem precisando se aliar à tecnologia. Para conseguir fazer isso, os empresários do ramo vêm adotando tendências como o Radio Frequency Identification (RFID) e as “vending-machines”, estratégias que visam aproximar o consumidor.

A consultora e pesquisadora de marketing aplicado à tecnologia Katherine Sresnewsky veio ontem (19) realizar uma palestra no Marco Pernambucano da Moda, no Recife, com o objetivo de provocar os profissionais locais sobre a preparação para as novas demandas do mercado. De acordo a instituição, em 2016 eram 150 mil empregos, 18 mil empreendimentos (formais e informais) produzindo em torno de 700 milhões de peças e movimentando cerca de R$ 8 bilhões em Pernambuco.
 
De acordo com Ketherine, as empresas brasileiras estão tendo uma certa dificuldade em acompanhar a tecnologia, já que ela proporcionam ao consumidor cada vez mais acesso à informação. Há algumas tendências que já estão sendo utilizadas pelos grandes varejistas de moda, mas ainda são pouco exploradas pelo mercado em geral. O Radio-Frequency Identification (RFID), é composto por uma antena que faz a leitura do sinal e transfere a informação - das etiquetas, nesse caso - para um dispositivo leitor. Empresas como Zara e Renner já utilizam esse dispositivo. “A grande vantagem desse investimento é que permite que o dono da loja tenha informação instantânea do que a pessoa está vendo, quanto tempo ficou com o produto dentro pela loja e no provador”, explica Katherine. Isso ajuda o empreendedor porque ele sabe mais rapidamente quais produtos estão tendo sucesso e quais não.

Para o consumidor, o RFID é positivo porque ajuda a melhorar a experiência no local, já que monitora a quantidade das peças que mais saem. Isso possibilita que sejam repostas mais rapidamente e o consumidor não se decepcione por não encontrar um produto que viu na internet, por exemplo.“A tecnologia também vem para ajudar a experiência do consumidor dentro do varejo, que precisa ser melhorada todos os dias”, explica a consultora. Mas, antes disso, é preciso que a empresa saiba claramente quem é o seu consumidor, já que há diversos tipos e que variam de negócio para negócio. Entendendo isso é provável que visitar uma loja.

Outra possibilidade de inovação para quem tem loja física são as “vending machines”, tradicionais máquinas que vendem produtos como água, refrigerantes e biscoitos, por exemplo, que podem também ser aproveitadas para o setor da moda, com o objetivo de chamar a atenção do consumidor. “Você precisa fazer com que ele tenha um motivo para sair de casa”, diz a consultora. A marca brasileira de óculos Chilli Beans, por exemplo, já implantou as máquinas em alguns shoppings do país. A vantagem é para quem gosta de escolher os produtos sozinhos, pois não há um vendedor ao lado. Isso também faz com que os custos sejam reduzidos para a empresa.

Já para quem está começando no meio
virtual uma boa opção são os "marketplaces", que significam a venda dos produtos dentro de lojas online que já existem, como a Dafiti. “Você testa a operação, tem uma prova do que é o mercado digital e, se já estiver seguro e o marketing digital estiver melhor, você já pode criar o próprio e-commerce”, aconselha.

CURSO

A palestra ministrada por Katherine nesta terça feira (19) teve como objetivo trabalhar três vértices dentro do mercado da moda: o consumidor, o mercado e a tecnologia. “Venho trazer uma proposta de rever o varejo físico. Está muito caro abrir uma loja, manter pessoas
e comprar estoque, e hoje existem diversas outras possibilidades de venda dos produtos a partir da tecnologia”. Os “marketplaces”são uma delas.O debate vai ser apenas a abertura de um curso sobre gestão de moda, que começa no próximo dia 29 e terá 60 horas de aula.

O curso é uma parceria entre o Núcleo Gestor de Moda da Cadeia Têxtil e de Confecções (NCTPE) e o Instituto Europeu de Design. A capacitação tem como público-alvo profissionais e empresários do setor. O curso vai acontecer sempre nos finais de semana, no Marco Pernambucano da Moda, localizado no Bairro do Recife. São 30 vagas, e as inscrições podem ser feitas até o dia 29 de setembro pelo site https://www.eventbrite.com.br/e/curso-ied-ntcpe-gestao-dos-negocios-de-moda-tickets-37274401739.K


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