Por: Aline Moura - Diario de Pernambuco
Publicado em: 16/08/2017 21:05 Atualizado em: 16/08/2017 22:13
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| Timothy frisa que é preciso ser feliz "enquanto ainda é tempo". Crédito: divulgação/ |
Ele poderia ter sido um estudante de Harvard e seguido a carreira de literatura. Mas ele mesmo percebeu que esse não era seu maior dom - ou melhor -, seu talento, e largou tudo. Foi como capitão de uma equipe de tênis, da mesma universidade, que Timothy Gallwey se descobriu e percebeu que era possível enfrentar o jogo nas quadras sem tanto medo e com mais prazer. A saída era vencer o jogo interior, escutar mais a essência, e aplicar métodos de aprendizagem capazes de derrotar aquela voz que tantas vezes coloca o indivíduo para baixo, sendo capaz de boicotá-lo antes de ele enfrentar o adversário. Timothy, que está no Recife nesta quinta para o seminário "A essência da liderança e o aprendizado por experiência", no Cinemark, no Shopping RioMar, entendeu que aprender a aprender transformava a trajetória dos atletas. Não só melhorava a performance deles no jogo como na vida. Para ele, o medo sempre foi o maior inimigo do ser humano, um sentimento que bloqueia seu talento e o impede de ser feliz. Por isso mesmo, ele acredita ser necessário abandonar pensamentos do tipo "eu não sei fazer", porque se errou algumas vezes.
O mundo corporativo não demorou a enxergar o talento de Timothy e levou seu método para dentro das empresas. Aparentemente, pode soar estranho a junção de felicidade e trabalho para algumas corporações que só cobram metas demais e aprendizado de menos sem levar em conta a essência da pessoa, mas Timothy realmente acredita que "evoluir é se tornar mais humano". E empresas gigantes como a Apple e a Coca-Cola também perceberam que, sem descobrir o talento dos seus colaboradores - entre eles os líderes -, poderiam apenas ser mais uma no mercado. Os números mostram que elas não são como outras.
Veja entrevista exclusiva que Timothy concedeu ao Diario
Quando a mudança profissional recupera sua felicidade
Os ensinamentos dele se espalharam pelo mundo e se transformaram em best-sellers, como The Inner Game of Tennis e The Inner Game, traduzidos como o Jogo Interior. Timothy é um dos poucos mestres vivos do nosso tempo, aos 80 anos, e se tornou o Pai do Coaching, o pioneiro no mundo, ainda na década de 1970.
Ele será recepcionado no Recife para participar do seminário organizado pela Portela & Cavalcanti e os ingressos estão esgotados desde segunda-feira. O Recife é a única capital do Nordeste que ele vai fazer palestras no tour que está realizando pelo Brasil. Ele também vem com o propósito de aprender - sim, ele também aprende - e mostrar que seu legado pode ser distribuído de forma mais acessível para outras pessoas. Adriana Cavalcanti Cruz e Vânia Portela são multiplicadoras na capital dos ensinamentos de Timothy e serão suas anfitriãs no evento do Cinemark.
Timothy frisa que é preciso ser feliz "enquanto ainda é tempo". Às vezes, as pessoas não conseguem dar o primeiro passo sozinhas. Não custa nada segurar na mão de outra para enfrentar as dificuldades da vida sem sofrer tanto. "Aprender a crescer e a se divertir é uma vitória real", disse ele, em entrevista ao Diario. Por que não tentar?
