Adriana Cavalcanti Cruz (E) e Vânia Portela (D) falam sobre os desafios encontrados no caminho de um sonho profissional. Foto: Divulgação

O número de estudantes que passa pela peneira dos vestibulares, mas abandona o ensino superior chega a 49% do total, segundo o último levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O que fazer, então, para escolher o curso que vai te levar a uma profissão sem perder a autoestima ou até mesmo muito dinheiro? Não existe mágica, segundo a coach Vânia Portela, sócia-diretora da Portela & Cavalcanti, mas ela sugere que o estudante faça uma escolha baseada no seu tipo de inteligência e no coração. A Portela & Cavalcanti é uma consultoria especializada em gestão comportamental de pessoas que esta organizando no próximo dia 17 de agosto, Recife, uma palestra que será ministrada pelo precursor do coaching no mundo, Timothy Gallwey, autor dos best-sellers The Inner Game of Tennis e The Inner Game (O Jogo Interior).

Para Vânia, a quantidade de informação recebida pelo jovem na atualidade, bem como o leque de possibilidades que ele tem são fatores que ajudam a tirar o foco de quem ele realmente é. Como se ajudar então? “Eles não se conhecem, não sabem seus talentos, e estão num momento de transição. Para você ter uma ideia, quando um profissional muda de função dentro de uma empresa, fica um pouco desestabilizado, imagine um jovem que passa por um momento de transição”, declarou, Vânia, acrescentando esse momento de escolha de uma área profissional é difícil.

Segundo Vânia, a consultoria Portela & Cavalcanti oferece uma oportunidade para o jovem se conhecer e descobrir seu talento, através de profissionais que falam a mesma língua dos que pretendem iniciar uma vida profissional. Ela explica que alguns jovens ficam desanimados porque escolhem um curso por pressões familiares, sem a mínima identificação, e outros não sabem em que área quer atuar. Por isso mesmo, para Vânia, é tão importante o autoconhecimento e apoio familiar para evitar frustrações no futuro.

“Quando a gente conhece o perfil da gente, pode trabalhar os pontos fortes e ao mesmo tempo identificar a interferência que os pontos fracos têm. A gente cria uma mobilidade mais rápido”, declarou, explicando que, nesse ponto da vida, o coaching pode reforçar o potencial dos jovens.

Ainda existem outros nichos de carreira que ajudam a aumentar a chance de sucesso profissional e de felicidade para de quem se desencontrou pelo meio do caminho. Segundo a outra sócia-diretora da Portela & Cavalcanti, Adriana Cavalcanti Cruz, a consultoria trabalha com mais três nichos que priorizam o aprendizado e o autoconhecimento. Um deles é a transição de carreira, necessária para pessoas que estão infelizes no trabalho, e sabem que já não dão o melhor de si naquele ambiente. “O coaching ajuda na construção desta mudança para que ela seja prazerosa e confortável, para que não machuque mais do que a gente já está machucado”, declarou.

De acordo com Adriana, outro nicho trabalhado é a melhoria da performance, dedicado a pessoas que precisam melhorar seu desempenho em virtude de mais demandas e responsabilidades, tão comuns nos dias de hoje. “Nós também temos o coaching preparatório de recolocação no mercado de trabalho. É um momento que também, através do autoconhecimento, as pessoas compreendem se têm perfil para empreendedor ou não, por exemplo. Muitas pessoas às vezes pegam o valor da rescisão, a economia de uma vida inteira, abrem uma empresa e perdem tudo, porque não têm perfil de empreendedor”, disse, lembrando que o perfil do empreendedor exige capacidade de correr riscos. Adriana Cavalcanti explica que, mesmo sem ser empreendedor, cada pessoa tem um talento especial que precisa ser conhecido e explorado.

Foto: Alcione Ferreira/DP