IBGE Brasileiros driblam crise, renovam economia e produzem com qualidade Qualidades como empatia, estabilidade emocional e espírito colaborativo foram importantes para manter o emprego

Por: Rodolfo Costa - Correio Braziliense

Publicado em: 14/08/2017 08:38 Atualizado em:

Ivana Carvalho acredita que bom atendimento e interesse pelas necessidades dos clientes a ajudaram a preservar a vaga. Foto: Arthur Menescal/Esp DP
Ivana Carvalho acredita que bom atendimento e interesse pelas necessidades dos clientes a ajudaram a preservar a vaga. Foto: Arthur Menescal/Esp DP


A crise econômica que destruiu postos de trabalho, mudou a vida de milhares de famílias e adiou sonhos, aos poucos dá os primeiros sinais de estancamento. E quem conseguiu manter o emprego respira aliviado. Mas não foi fácil para ninguém. O Correio ouviu sobreviventes da maior recessão da história nacional. No segundo trimestre deste ano, havia 33,3 milhões de pessoas empregadas com carteira assinada no país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período de 2014, no entanto, eram 36,8 milhões, ou seja, em três anos, 3,5 milhões de postos formais foram eliminados. E, pelos dados oficiais, ainda há quase 124 milhões de desempregados no país.


Em um cenário tão adverso, com recuo das vendas no varejo, perda de receita nos serviços, e queda na produção industrial, manter o emprego exigiu muito jogo de cintura e características pessoais que vão além de qualidades cognitivas, como habilidades motoras e conhecimento da atividade. Muitos dos que mantiveram o emprego demonstraram ter importantes atributos não cognitivos, também classificados como competências socioemocionais.

Determinação, espírito colaborativo, estabilidade emocional, curiosidade e protagonismo. Esses são alguns exemplos de habilidades que foram fundamentais para a sobrevivência de muitos trabalhadores durante a crise. 

O atendente Domingos Matão, 37 anos, atribui a permanência no emprego ao caráter humilde e respeitoso que demonstra com clientes e colegas de trabalho. Empatia e educação também são características fortes na avaliação de Alison Santos de Oliveira, 34 anos, gerente de uma loja de artigos esportivos. 

Alison de Oliveira: perda de emprego da esposa apertou o orçamento de casa. Foto: Arthur Menescal/Esp DP
Alison de Oliveira: perda de emprego da esposa apertou o orçamento de casa. Foto: Arthur Menescal/Esp DP





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