Oportunidade Brasil criou 9,8 mil vagas de emprego com carteira assinada em junho Número significa uma alta de 0,03 em relação ao mês passado

Por: Vera Batista -

Publicado em: 18/07/2017 08:31 Atualizado em:

A economia brasileira criou 9.821 postos formais de trabalho em junho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), alta de 0,03% em relação ao mês anterior. Nos seis primeiros meses deste ano, 67.358 vagas foram abertas, o primeiro número semestral positivo desde 2014. “Criamos novas vagas com carteira assinada pelo terceiro mês consecutivo. Os investimentos e os empregos estão voltando”, comemorou o presidente Michel Temer, pelo Facebook.



“Tenho muito orgulho em dizer que vencemos a maior recessão de nossa história e temos que celebrar a reforma trabalhista”, disse Temer. A mesma “revolução” feita na relação entre patrão e empregado, prometeu, acontecerá no sistema tributário em “brevíssimo tempo”. “Melhoramos nossa competitividade, abrindo novos mercados para que as empresas nacionais possam gerar emprego para todos os brasileiros”, reforçou.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que gostaria que os números fossem ainda melhores. “A economia dá sinais de recuperação. Melhor que seja gradual e em patamares menores do que virmos a ter uma bolha”, destacou. Dois setores puxaram o resultado de junho: a agropecuária, com a criação de 36.827 postos, e a administração pública, com a abertura de 704 vagas. Os demais setores tiveram resultados negativos: construção civil (-8.963), indústria de transformação (-7.887), serviços (-7.273) e comércio (-2.747).

Apesar da melhora, o quadro do emprego ainda mostra fragilidade. Nos últimos 12 meses, 749.060 postos formais de trabalho deixaram de existir no país. Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, o resultado de junho é uma boa notícia, porém, “dado o tamanho da destruição de vagas, entre março de 2011 e hoje, o saldo é praticamente zero”. “Em abril, já havíamos entrado no terreno negativo, começando com um tombo de 57,8 mil empregos”, lembrou.

Robson Luiz Santiago, 24 anos, vendedor de blusas estampadas, estava sem ocupação desde novembro de 2016. Começou a trabalhar há cinco dias. “Eu entregava currículos, acessava sites de empregos, mas o que fez a diferença foi o contato com outras pessoas do ramo”, contou. Situação semelhante aconteceu com a vendedora Keila Daiane Alves, 29. Entrou em novo emprego há um mês. “Se não fosse o contato com as amigas de trabalho, eu não teria arrumado a vaga”, contou. 


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