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Previdência Para Marun, PMDB deveria ser o primeiro a fechar questão pela reforma O ex-presidente da comissão da reforma da previdência disse ser favorável que a votação em plenário ocorra ainda em maio por ser um "bom momento"

Por: Agência Estado

Publicado em: 10/05/2017 16:20 Atualizado em:


Ex-presidente da comissão especial da reforma da Previdência e aliado de primeira hora do Palácio do Planalto, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse nesta quarta-feira, 10, que o PMDB deveria ser o primeiro partido a fechar questão para a votação do tema em plenário. Para o peemedebista, "quem é governo tem de estar alinhado com ele".

"O PMDB tem de dar exemplo neste sentido", pregou. Quando fecham questão, os partidos obrigam suas bancadas a seguir a mesma orientação na votação. Na avaliação do deputado, se o partido do presidente Michel Temer tomar a decisão, os demais partidos da base aliada se sentirão motivados a seguir o mesmo caminho.

Marun disse ser favorável que a votação em plenário ocorra ainda em maio por ser um "bom momento". "Se demorarmos muito, podemos perder o timing", afirmou.

O deputado propôs que o PMDB apresente uma emenda em plenário incluindo os agentes penitenciários nas mesmas regras de aposentadoria especial dos policiais civis, federais e legislativos.

Comissão de Ética

Marun convocou uma entrevista coletiva para anunciar que entrará ainda nesta quarta com uma representação pedindo o afastamento do presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Mauro Menezes.

O peemedebista alegou que Menezes foi nomeado pelo Dilma Rousseff e é alinhado com o "governo deposto". "Ninguém gosta de ser julgado por alguém que, a princípio, pode não ser isento", justificou.

O deputado alega que há incoerência em suas manifestações, se comparado o período em que atuou no governo petista e agora no governo Temer. "Entendo que ética e coerência são como as duas asas de um mesmo avião. Não adianta se dizer que uma (asa) é forte se a outra não existe, o avião não voa", disse.

O parlamentar destaca que Menezes tem relações de amizade com lideranças petistas e que isso "é um fator a mais a ser considerado". Marun também questiona o depoimento ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho. O deputado afirma que o escritório de advocacia que Menezes é sócio, na Bahia, foi mencionado no depoimento de Melo por representar o Sindicato dos Químicos da Bahia. "Entendo que Mauro Menezes não tem mais as condições de presidir esse importante conselho. Espero que ele tome a decisão de se afastar", declarou.

Questionado sobre decisões da comissão recomendando o afastamento de ministros, Marun disse que se Menezes abriu processos contra ministros, ele é suspeito para presidir o colegiado.

"Penso em pessoas mais isentas ou, pelo menos, menos alinhadas com o governo deposto", disse. Ele vem estudando a possibilidade de representá-lo desde o começo do ano e disse que só agora, após o término dos trabalhos da comissão da reforma previdenciária, decidiu levar adiante a representação.


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