ICF Índice de Consumo das Famílias Pernambucanas volta a cair Depois de três meses em crescimento, o ICF Pernambucano recuou, chegando a um índice menor que o mesmo período de 2016

Por: Vitor Nascimento

Publicado em: 23/03/2017 12:46 Atualizado em: 23/03/2017 13:09


O Índice de Consumo das Famílías (ICF), que tem como objetivo antecipar o potencial de vendas para o comércio, recuou após três meses seguidos de aumento em Pernambuco. O indicador passou de 66,7 pontos em dezembro para 72,2 em fevereiro, apresentando um aumento contínuo, mas que agora em março não se seguiu, caindo para 70,9 pontos segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE). Essa pontuação revela uma piora tanto mensal, quanto anual, já que no mesmo período do ano passado, esse índice era de 77,1.

O ICF é contado entre 0 a 200 pontos, tendo 100 como uma média divisória, sendo acima um patamar positivo e abaixo negativo. Segundo a mesma pesquisa, dos sete subíndices avaliados, dois estão na zona de confiança positiva, ou seja, acima de 100 pontos. A renda atual e o emprego, estão com um índice de 104,4 pontos, ante 101,8 do mês anterior. No caso do emprego atual, existe um contraste muito grande em relação a taxa de desemprego, que em Pernambuco ficou acima da média nacional (15,6%). Esse resultado também analisou a faixa de rendimento das famílias com renda acima de dez salários, que continuaram com uma confiança positiva, 114,6 pontos. Já as famílias com renda abaixo de dez salários passaram a ter uma maior desconfiança, chegando a 66,7 pontos.

A explicação em relação a queda desse índice no mês de março se deve pela alta do desemprego e ao crédito restrito. É o que afirma o Economista do Instituto Fecomércio, Rafael Ramos. “Existem alguns aspectos que acabam afetando a confiança da família, como o desemprego e o crédito restrito. Isso gera uma desconfiança muito grande em relação a consumo”. E mesmo com a inflação em queda, Rafael afirma que o ICF pode chegar a uma zona positiva, mas em passos lentos. "Temos uma pespectiva, mesmo que lenta, de melhora em relação ao ICF. Esperamos que no segundo semestre esse índice esteja bem melhor", conclui.


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