Alimentação Expectativa de movimento nos bares e restaurantes durante o Carnaval é diversa Os restaurantes da RMR que ficam abertos durante o período da folia variam entre expectativa de crescimento do movimento em 20% e queda de 50%.

Por: Gabriela Araújo

Publicado em: 23/02/2017 11:13 Atualizado em: 23/02/2017 12:23

Mário Cardoso, gerente do Beijupirá de Olinda, conta que há uma queda de cerca de 50% no movimento durante o carnaval. Crédito: Júlio Jacobina/DP
Mário Cardoso, gerente do Beijupirá de Olinda, conta que há uma queda de cerca de 50% no movimento durante o carnaval. Crédito: Júlio Jacobina/DP

No Carnaval, a forma de funcionamento dos restaurantes não segue um padrão. Alguns fecham, outros abrem normalmente, adotam um horário especial e até fazem promoções para atrair os clientes. O movimento deles na folia de Momo também varia muito. Com o período carnavalesco e a chegada de turistas, alguns comemoram. Outros nem tanto. No caso do Rock & Ribs, por exemplo, steakhouse que fica nos Armazéns do Porto, no Recife Antigo, as expectativas são boas.

Durante os cinco dias de festa, o restaurante vai trabalhar com horário estendido em relação ao período normal. Abre às 12h e fica aberto até às 3h. Até às 16h, há 50% de desconto em algumas bebidas. “Percebemos que tem muita gente indo para a folia e passa lá para almoçar antes”, comenta Samuel Marques, sócio da unidade do Rock & Ribs do Recife Antigo. Além disso, também há movimento dos turistas. A expectativa de crescimento do movimento no período de Carnaval é entre 15% e 20%.

Já o bar Seu Boteco, que também fica nos Armazéns do Porto, perto do palco do Marco Zero, resolveu fazer diferente. Vai funcionar apenas como camarote. Inclui buffet completo de comidas, petisco e grande variedade de bebidas. “Como a gente usa as atrações do palco principal, preferimos dar direito a esse serviço”, diz Gustavo Satou, um dos sócios da empresa. O valor é entre R$ 240 e R$ 260 por pessoa. No ano passado, o camarote esgotou durante três dias do Carnaval. Neste ano, a expectativa é de que todos os dias lotem.

Porém, na unidade do restaurante Beijupirá da cidade de Olinda, as expectativas não são tão boas. “Ao contrário do que a maioria imagina, meu movimento cai muito”, diz Mário Cardoso, gerente do restaurante. Como o Beijupirá não tem vista para a folia, acaba dando pouca gente. Há uma queda de cerca de 50% no movimento. O restaurante funciona de uma forma especial, apenas das 12h às 17h. E, para entrar, é preciso pagar R$ 70, valor que é revertido em consumo. A maior parte do público é de pessoas que querem fugir do movimento e relaxar.

No Bode do Nô, que fica na orla de Olinda, a situação é parecida. “A expectativa não é muito boa. Como fecham as entradas da cidade, acaba dificultando o acesso do pessoal para cá”, explica Djalma Cândido, gerente da unidade de Olinda do Bode do Nô. O movimento do restaurante deve apresentar uma queda de até 40% em relação ao mês de janeiro. “É difícil porque o pessoal que gosta de Carnaval tá lá no foco mesmo. Quem não gosta, acaba viajando”, comenta Cândido.


No Betos Bar, em Jaboatão dos Guararapes,  movimento é semelhante aos outros meses do ano. Crédito: Roberto Farias/ Divulgação
No Betos Bar, em Jaboatão dos Guararapes, movimento é semelhante aos outros meses do ano. Crédito: Roberto Farias/ Divulgação

Já em Jaboatão dos Guararapes, que não é um grande foco de folia, o movimento acaba sendo bom. Pelo menos para Roberto Farias, proprietário do Betos Bar Restaurante e Pizzaria, que fica no bairro de Candeias. O horário de funcionamento é normal, das 11h até às 3h. “Além dos turistas, também tem o pessoal que vai almoçar quando volta da folia e os que querem um ambiente mais tranquilo”, comenta Farias. Acaba compensando a ausência dos que viajam.

SETOR

De uma forma geral, as expectativas dos bares e restaurantes para o período de Carnaval são boas. Segundo com Valter Jarocki, diretor executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Pernambuco (Abrasel-PE), como o Estado se destaca pelo Carnaval, as expectativas sempre são positivas. “Recebemos um grande número de foliões e turistas. Acho que temos que torcer para que a coisa seja boa”. Decidir adotar horários alternativos ou oferecer ofertas é algo que depende de cada estabelecimento.



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