Economia
Fim de ano
Está aberta a temporada das confraternizações
Época do ano é uma das mais esperadas pelos bares e restaurantes, que seguram os preços para atrair clientes
Publicado: 11/12/2016 às 10:15

No Ponteio Grill a procura das empresas está alta neste fim de ano. Foto: Divulgação/
Além da ceia de Natal e da contagem regressiva para o Ano-Novo, as festas de confraternização também fazem parte da cultura dos brasileiros no último mês do ano. Família, igreja, empresa, faculdade, academia. Os grupos são os mais variados nas reuniões para comemorar o fim de mais um ano. Quem lucra bastante – ou deveria lucrar – com esses eventos são os restaurantes e bares. Mas, em período de crise econômica, será que o movimento com as confraternizações ainda é capaz de “dar um gás” no faturamento dos estabelecimentos?
No Sal e Brasa, restaurante localizado no bairro da Imbiribeira, a expectativa com as reuniões é das melhores. O local conta com rodízio de carnes, frutos do mar, saladas, sushis e pratos quentes. Os preços variam de R$ 32,90 a R$ 36,90, de acordo com o dia e o horário. “Estamos tendo muita procura mesmo”, comenta Valdemir Baldissera, diretor do Grupo Sal e Brasa, que tem unidades espalhadas por todo o Nordeste. A estratégia diante da crise foi a de segurar os preços para garantir que as pessoas continuassem procurando o restaurante.
Baldissera lembra que, no ano passado, a frequência foi boa no restaurante. “Acho que o pessoal ainda não tinha sentido a crise na pele. Neste ano, estão sentindo mais, por isso mantivemos o preço. Se você tem uma demanda grande e não aproveitar o momento, vai sair perdendo”, diz o diretor do Grupo Sal e Brasa. O empreendedor conta ainda que percebeu uma redução na quantidade das pessoas que compõem as confraternizações das empresas. Uma consequência do atual momento do mercado de trabalho, com firmas cada vez mais “enxutas”.
No Ponteio Grill, que fica no bairro de Boa Viagem e tem rodízio de carnes, pratos frios, quentes, sushis e saladas no valor de R$ 49,90, a crise também não surtiu efeitos negativos. Em dezembro do ano passado, as reservas não sofreram nenhuma alteração em relação a 2014, de acordo com Manoel Melo, gerente administrativo da empresa. Neste ano, a procura das empresas pelo restaurante também está alta, e o período de maior movimentação começou no último dia 5 e deve ocorrer até 23 de dezembro.
Já na Casa D’Itália, que fica no bairro de Boa Viagem, a situação é diferente. Comparado com 2014, houve uma queda de 30% nas reservas para confraternizações no ano passado. Para este ano, é prevista uma queda de 20% em relação a 2015. De acordo com o gerente do restaurante, Vlademir Oliveira, em outras épocas, ao chegar neste período do ano, o mês de dezembro já estaria completamente preenchido. “Hoje, tenho reservas, mas ainda há muitas datas em aberto”, comenta.
O restaurante conta com rodízio de pizzas e massas, incluindo refrigerante, água e suco, no valor de R$ 30, além do serviço à la carte. Por volta do mês de outubro, era comum ter um reajuste nos preços, de cerca de 10%. Por conta das expectativas ruins deste ano, a Casa D’Itália preferiu manter o mesmo preço do ano anterior. “Se a gente aumentasse, iria ser pior ainda. O problema não é a falta de gente, e sim de dinheiro das pessoas”, diz Oliveira.
O Spettus Derby viveu situação semelhante ao Casa D’Itália no ano passado, com queda de cerca de 20%. Mas a expectativa para 2016 é positiva. “Este ano está surpreendendo. Estamos com uma demanda muito boa”, diz Jair Antônio Konrad, sócio da empresa. O rodízio custa R$ 65,90 no almoço e R$ 50 no jantar, valores que são negociados com as empresas. Segundo Konrad, é possível oferecer um bom desconto durante a semana. O empreendedor diz ainda que a movimentação com as confraternizações já começou no último dia 20 de novembro. Mas a demanda maior é na semana que antecede o Natal.
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