São Francisco TCU autoriza Ministério a substituir Mendes Júnior na Transposição

Publicado em: 10/08/2016 21:04 Atualizado em: 10/08/2016 21:12

Projeto é previsto para este ano, sob orçamento de R$ 8,2 bilhões. Foto: Ricardo Fernandes/DP
Projeto é previsto para este ano, sob orçamento de R$ 8,2 bilhões. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu parecer favorável para que o Ministério da Integração Nacional assuma a responsabilidade de substituir a construtora Mendes Júnior Trading S.A. na obra da Transposição do Rio São Franscisco. A empresa tem entregas a cumprir, mas não tem condições financeiras de tocar o projeto por ter restrição a créditos no mercado, causada por estar dentro dos nomes da operação Lava Jato, que investiga crimes de corrupção em contratos da Petrobras.

A informação do TCU veio em resposta à consulta feita pelo Ministério A própria Mendes Júnior Trading S.A havia demonstrado interesse em transferir o contrato à outra empresa diante do comprometimento da sua capacidade técnica, mas o ministério realizou a consulta ao TCU para tomar à frente e evitar impacto na execução de serviços e que a obra tenha descontinuidade.

Com as considerações feitas pelo órgão de controle, o Ministério informou que vai chamar todos os envolvidos no processo e encontrar a melhor solução, entre as alternativas consideradas possíveis, para que as obras possam ser entregues dentro do cronograma previsto. A promessa é entregar 100% do projeto até dezembro deste ano, para que a água percorra a Transposição já no início de 2017.

A Mendes Júnior possui dois contratos firmados com o Ministério para a construção das estruturas de engenharia da primeira etapa (Meta 1N) do Eixo Norte do empreendimento, que compreende a captação de água do rio São Francisco, em Cabrobó (PE), até o início do reservatório Jati, em Jati (CE). São 140 quilômetros de traçado de canais, barragens e outros equipamentos.

As obras da Transposição atingiram 89,2% de execução em julho deste ano e prometem garantir o abastecimento regular para mais de 12 milhões de pessoas em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O custo da construção é de R$ 8,2 bilhões.




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