Ato Auditores da Receita fazem manifestação por aumento de salários Em Pernambuco, por volta de 180 profissionais estão envolvidos na operação-padrão

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 29/08/2016 21:06 Atualizado em: 29/08/2016 21:29

Em Pernambuco, são cerca de 180 profissionais envolvidos na operação-padrão. Foto: Stereoleo/Flickr/Reprodução
Em Pernambuco, são cerca de 180 profissionais envolvidos na operação-padrão. Foto: Stereoleo/Flickr/Reprodução

Diante da recomendação do Palácio do Planalto para que o Congresso segure a votação dos projetos de lei que reajusta os salários de servidores, os auditores da Receita Federal decidiram retomar a mobilização para pressionar o governo e o Congresso. A promessa é de não dar sossego até que o aumento de 27,9% e o bônus de eficiência sejam aprovados.

Em Pernambuco, por volta de 180 profissionais estão envolvidos na operação-padrão.

A pressão começou nesta segunda-feira, por meio de uma operação padrão em portos, aeroportos e zonas de fronteira. Para tumultuar, os auditores farão pente-fino em todos os carregamentos que chegam ao Brasil, exceto em casos de equipamentos hospitalares, insumos laboratoriais, remédios, perecíveis e translados.

A decisão sobre o movimento foi tomada em assembleias realizadas nos dias 22 e 23. A operação padrão vai se estender até sexta feira, 2 de setembro. Mas pode ser prorrogado caso os auditores percebam que não serão contemplados com o reajuste e o bônus.

O projeto de lei prevendo os benefícios foi acertado ainda no governo de Dilma Rousseff, mas só foi enviado ao Congresso pela administração de Michel Temer, depois de uma pressão enorme. Além de suspenderem vários serviços, causando transtornos à população, os auditores invadiram o gabinete do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Na semana passada, porém, o Planalto orientou os líderes da base aliada a suspenderem qualquer votação referente a reajustes a servidores. Além dos auditores, estão na lista das pendências esperando pelo aval do Congresso os policiais federais e os policiais rodoviários federais.

"Infelizmente, percebemos que as coisas acontecem somente quando a classe se mobiliza. É desgastante e incômodo, mas, por causa das promessas descumpridas, esse foi o único caminho que restou”, diz Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional.

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