Investimento Latam adia anúncio de cidade para hub no Nordeste Empresas adiaram anúncio de local que sediará centro de conexões já que o momento de turbulência econômica não é adequado para investimento

Por: André Clemente - Diario de Pernambuco

Publicado em: 01/07/2016 11:32 Atualizado em: 01/07/2016 11:38

O levantamento econômico, determinante para a escolha, verificou que caso o Recife seja escolhido, o impacto prevê a geração de valor agregado na ordem de R$ 9,7 bilhões.
Foto: Rafael Martins/DP.
O levantamento econômico, determinante para a escolha, verificou que caso o Recife seja escolhido, o impacto prevê a geração de valor agregado na ordem de R$ 9,7 bilhões. Foto: Rafael Martins/DP.

Mais um prazo chega ao fim e nada de anúncio do Hub da Latam, fusão das empresas chilena Lan e brasileira TAM. Depois de adiar a decisão em dezembro de 2015 para o fim do primeiro semestre de 2016, a Latam informou ontem que o momento não é adequado para definir o estado a receber o investimento bilionário da empresa, mas que ainda pretende implantar o centro de conexões no Nordeste. Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará concorrem e, dessa vez, a notícia veio sem qualquer nova previsão para o anúncio definitivo. A justificativa é o comportamento da economia e poucos sinais de melhora.

Por meio de nota, a Latam Airlines Brasil informou que o estudo de viabilidade do projeto para a implantação de um hub (centro de conexões de voos) no Nordeste do Brasil segue no plano de investimentos do Grupo Latam. “A empresa esclarece que por conta da situação macroeconômica do Brasil, que tem registrado queda significativa na demanda nos últimos meses, e com baixa perspectiva de retomada de crescimento num curto prazo, somado às indefinições de infraestrutura, a escolha da cidade que poderá receber o hub será feita em um momento mais adequado, sem data definida.”

O secretário de Turismo do estado, Felipe Carreras, disse não ter sido informado formalmente da decisão, mas que já era esperado. “Nós compreendemos. A situação econômica do país já nos dava esses sinais. Temos mantido conversas constantes com a companhia sobre voos e já esperávamos o adiamento desta decisão que é tão importante”, afirmou.

Desde que anúncio de que o plano de investimentos da companhia considerava a implantação de um centro de conexões no Nordeste, os estados candidatos (Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco) entraram em “guerra”, enquanto a companhia aérea contratava os estudos. Foram dois levantamentos: um que analisou o impacto econômico, com reflexos na geração de empregos inclusive nos locais que não fossem escolhidos. Outro requisito era a análise da situação da infraestrutura aeroportuária. Depois do resultados dos dois levantamentos, a empresa continuou sem se posicionar.

O levantamento econômico, determinante para a escolha, verificou que caso o Recife seja escolhido, o impacto prevê a geração de valor agregado na ordem de R$ 9,7 bilhões nos primeiros cinco anos, promovendo um incremento no PIB de 4,9% de média no período e geração de 32 mil empregos, sendo 29 mil locais. Os números serão um pouco mais expressivos caso a escolha seja Natal ou Fortaleza. Se ficar nesta última, por exemplo, a geração de empregos chega a 35 mil novos postos somente na capital cearense.



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