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Rio Concessionária do Galeão admite risco de calote

Por: Agência Estado

Publicado em: 30/07/2016 08:59 Atualizado em:

A perspectiva dos investidores era de um fluxo superior a 20 milhões de passageiros por ano em 2016. Mesmo com um adicional de 1,5 milhão de passageiros em decorrência da Olimpíada, a movimentação está abaixo da média registrada há três anos - 17 milhões. "É um impacto brutal", diz.

"O modelo previa crescimento do País. Uma desarrumação dessa natureza requer um trabalho de repensar, até para que haja sustentabilidade. Estamos todos sofrendo, não só aeroportos, mas companhias aéreas, prestadoras de serviços. É uma cadeia de perdas", descreve Rocha.

O executivo relata a "surpresa inesperada, para dizer o mínimo" dos investidores chineses com a reversão "brutal" de expectativas do cenário econômico. O grupo Changi opera o aeroporto mais bem avaliado do mundo, em Cingapura, e concessões na Rússia e Índia. "Ninguém esperava que não houvesse crescimento e muito menos que houvesse uma queda brutal", completa.

Rocha ainda destaca que uma solução para os contratos em vigor é imprescindível para garantir atratividade da próxima rodada de concessões de aeroportos. O governo espera leiloar mais seis terminais, com um novo modelo de contrato, sem a participação da Infraero, que entrou com 49% do investimento nas primeiras concessões e atravessa grave crise financeira."O risco (de não quitar) é evidente. Sem caixa, vamos ficar com dívida e a empresa não fica em pé."

"Uma concessão dessa natureza em nenhuma parte do mundo se faz com recursos próprios."

Luiz Rocha

PRESIDENTE DA RIOGALEÃO

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