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TJPE inicia mutirão de perícias médicas do seguro obrigatório DPVAT

Ação acontece até o dia 17, no Hall Monumental do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, das 8h às 17h

Publicado: 13/06/2016 às 14:58

Com foco na resolução de 4,8 mil processos, foi iniciado, nesta segunda-feira, o Mutirão de Perícias Médicas do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Segundo o órgão, sete médicos especializados na área de ortopedia indicados pelo Poder Judiciário estão atuando na ação, que acontece até o dia 17, no Hall Monumental do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, das 8h às 17h.

A coordenadora do mutirão, juíza Karina Aragão, destacou que a iniciativa vai agilizar o andamento dos processos relacionados ao seguro DPVAT. “Observamos, no andamento dessas ações, que os laudos médicos são o maior entrave, então decidimos focar nessa parte, colocando peritos da confiança do Judiciário, que vão fornecer as informações necessárias para que os juízes possam decidir sobre o assunto”, explicou.

Segundo a juíza Michelle Duque de Miranda, que também está atuando no mutirão, o número de médicos subiu de quatro para sete, permitindo a realização de um número maior de perícias.
A dona de casa Maria Cláudia de Santana espera, com a realização da perícia, a solução para a sua situação. “Sofri um acidente de moto em 2002 e, na época, não procurei logo a seguradora porque não sabia que tinha direito. Há dois anos, busquei a indenização e recebi um valor pelos danos que sofri, perdi parte do baço e quebrei o braço. Mas recorri à Justiça em busca de uma complementação dessa indenização. Acredito que meu caso será resolvido agora”, disse.

Já o motorista Flávio Neves de Araújo buscou a Justiça para receber a indenização após ter sido atropelado por um ônibus e perder parte da perna e o pé esquerdo. “Mas a seguradora me procurou e propôs um acordo. Então, fui chamado pela Justiça e compareci para encerrar o processo, porque já recebi o que tinha direito”, afirmou.

Valores
De acordo com Karina Aragão, os valores pagos pela seguradora tomam como base a extensão do dano sofrido pelo acidentado e o valor pré-fixado em tabela do seguro. “Com base nos laudos, poderão ser feitos acordos entre as partes ou o juiz deverá decidir sobre o caso”, disse. O mutirão está sendo promovido pela Seção Especializada de Mutirões de Conciliação da Central de Conciliação, Mediação e Arbitragem da Capital. A expectativa é de que a iniciativa desafogue a unidade.

Seguro
No país, todos os pedestres, motoristas e passageiros têm direito à indenização do seguro DPVAT nos casos de morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médico-hospitalares. O próprio acidentado ou herdeiro pode dar entrada na indenização e reembolso, não sendo necessário o auxílio de intermediários.

Com informações do TJPE
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