Governo
Temer anuncia medidas econômicas contra o déficit fiscal
O líder do Executivo ressaltou como essencial a votação no Congresso da ampliação da meta fiscal
Por: Diario de Pernambuco
Por: Correio Braziliense
Publicado em: 24/05/2016 10:45 Atualizado em: 24/05/2016 12:39
O presidente em exercício apontou os objetivos centrais para a economia brasileira. Foto: Marcos Corrêa/PR |
Em entrevista coletiva, o presidente em exercício Michel Temer falou na manhã desta terça-feira sobre as medidas econômicas que serão tomadas para tentar controlar a dívida pública. Ao dizer que "está governando junto" com os parlamentares, o líder do Executivo ressaltou como essencial a votação no Congresso da ampliação da meta fiscal. "Esse será um primeiro teste" do governo e do Legislativo.
O presidente em exercício apontou três objetivos centrais para a economia. "Retomar o crescimento, reduzir o desemprego e alçar quem está na pobreza absoluta à condição de classe média", afirmou. Segundo ele, as medidas anunciadas são ações iniciais, e há outras propostas em estudo. Temer disse que toda medida será primeiro anunciada aos líderes partidários.
Temer declarou estar trabalhando na reforma previdenciária com a participação das centrais sindicais e da classe política. O presidente em exercício também disse que o governo vai propor uma emenda constitucional com o objetivo de restringir os gastos públicos. A ideia é limitar o crescimento da despesa primária total.
Segundo o peemedebista, há um fundo soberano de R$ 2 bilhões que talvez seja utilizado para cobrir o rombo do setor público. Temer também falou sobre os projetos que irá priorizar no Congresso. Um deles diz respeito à governança dos fundos de pensão e das estatais, que deve instituir critérios rígidos para a indicação dos dirigentes dos fundos. O presidente em exercício discutiu a possibilidade de o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) pagar R$ 100 bilhões ao Tesouro Nacional. No entanto, o presidente afirmou que o tema que ainda comporta alguma "avaliação jurídica". Outra proposta é a limitação dos subsídios, que geraria uma economia de R$ 2 bilhões ao ano.
É importante dar ao país, de acordo com o presidente em exercício, uma "tranquilidade" institucional."Temos que cuidar do país, aqueles que quiserem esbravejar, façam como quiser, mas façam pelas vias legais da Constituição". Temer diz ainda que ele é uma "consequência da Constituição". Ele nega que tenha havido um "rompimento institucional". Segundo ele, as instituições estão funcionando corretamente.
O presidente também ressaltou que é necessário trabalhar para o país. "Para preservar a teoria e a coerência que estou expondo aqui, que a Constituição determina, nós não vamos impedir a apuração dos problemas com vista na moralidade pública, ao contrário, vamos sempre incentivá-la". Temer apontou ainda que muitos dizem que seu governo quer "eliminar" as investigações, porém, ele nega e diz que não pode "invasão" à responsabilidade de outro poder.
Temer afirma que "quer cumprir uma missão" que "Deus colocou em sua frente". "Se eu ficar presidente durante todo o período, eu quero cumprir uma missão. Mesmo que em breve período. Para que eu ajude a tirar o país da crise, não será no prazo de poucos meses, vamos levar tempo. Quando pudermos entregar o país para uma eleição tranquila, saberemos que cumprimos o nosso papel". Ele afirma que insiste na tese da "pacificação nacional". "Enquanto houver pobreza no país temos que voltar nossos olhos para essa categoria".
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