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The Economist "pede" novas eleições enquanto torcida do Liverpool defende Dilma

Em jogo realizado na última quinta-feira, na Alemanha contra o Borussia Dortmund, dois torcedores do time inglês levaram uma bandeira em apoio à presidente Dilma Rousseff

Publicado: 08/04/2016 às 14:42

Em partida válida pela Liga Europa, dois torcedores do Liverpool estamparam uma bandeira vermelha com os dizeres %u201Cno coup in Brazil%u201D (sem golpe no Brasil). Foto: Reprodução/Twitter/

Em partida válida pela Liga Europa, dois torcedores do Liverpool estamparam uma bandeira vermelha com os dizeres %u201Cno coup in Brazil%u201D (sem golpe no Brasil). Foto: Reprodução/Twitter/

Em partida válida pela Liga Europa, dois torcedores do Liverpool estamparam uma bandeira vermelha com os dizeres %u201Cno coup in Brazil%u201D (sem golpe no Brasil). Foto: Reprodução/Twitter
Um fato curioso envolvendo economia e futebol chamou atenção no noticiário brasileiro, nesta sexta-feira. Durante a partida de futebol entre as equipes do Borussia Dortmund (Alemanha) e Liverpool (Inglaterra), valendo pelas quartas-de-final da Liga Europa, na última quarta-feira, dois torcedores da equipe britânica estamparam uma bandeira vermelha com os seguintes dizeres em branco: “no coup in Brazil” (sem golpe no Brasil, na tradução livre).

Ao mesmo tempo, o periódico The Economist, famoso por nos últimos tempos destacar a instabilidade política e econômica no Brasil, em sua edição desta semana, defendeu mais uma vez que os brasileiros devem ir às ruas exigir novas eleições. O jornal cita, ainda que o processo de impeachment não é um golpe de estado, mas destaca que esta não é a melhor solução para o Brasil sair da crise que se encontra após os desdobramentos da Operação Lava Jato.

De acordo com o portal Infomoney, que deu destaque a ambos os fatos, a revista diz que não há evidências de que Dilma seja eventualmente uma “pessoa corrupta” e, ao contrário do principal articulador do processo de impedimento, o deputado federal Eduardo Cunha, a presidente e sua família “não possuem contas secretas na Suíça ou empresas instaladas em paraísos fiscais”.

Esta não é a primeira vez que a torcedores do Liverpool se manifestam politicamente. A ex-primeira ministra britânica, Margaret Thatcher, falecida em 2013, foi alvo durante muitos anos dos torcedores da equipe da terra dos The Beatles. A ira foi despertada após uma das maiores tragédias da história do futebol inglês. No estádio de Hillsborough, em Sheffield, o jogo entre Liverpool e Nottingham Forest nunca teve um fim. Em uma confusão no estádio, 766 pessoas ficaram feridas e 96 morreram. Na época, a então primeira-ministra culpou os “torcedores bêbados do Liverpool” pela incidente.

O The Economist, nos últimos três anos, vem dando amplo destaque à economia brasileira, principalmente após o agravamento do quadro recessivo, com aumento da inflação, desemprego e incertezas no mercado financeiro. Dois dos editoriais mais polêmicos do jornal, neste período, foram as capas com Cristo Redentor como um foguete caindo e a presidente Dilma acompanhada da frase “Time to go” (tempo de ir, tradução portuguesa).
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