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Agreste Feira de gado movimenta a economia e o setor agropecuário de Limoeiro Evento acontece uma vez por semana e, a cada edição, são vendidos mais de 500 animais, movimentando um valor financeiro que gira em torno de R$ 1 milhão

Por: Luis Francisco Prates - Diario de Pernambuco

Publicado em: 28/04/2016 16:50 Atualizado em: 28/04/2016 17:35

A feira de gado de Limoeiro acontece uma vez por semana, sempre às quintas-feiras, das 5h ao meio-dia. Foto: Luis Francisco Prates/Esp. DP
A feira de gado de Limoeiro acontece uma vez por semana, sempre às quintas-feiras, das 5h ao meio-dia. Foto: Luis Francisco Prates/Esp. DP

A economia do Agreste Setentrional de Pernambuco é movimentada pelo setor agropecuário. Nesse âmbito, destacam-se as feiras de gado realizadas na região. No município de Limoeiro não é diferente. A feira de gado da cidade é considerada uma das maiores da região e, a cada edição, são vendidos cerca de 500 animais, movimentando um valor financeiro que gira em torno de R$ 1 milhão.

A feira de gado de Limoeiro acontece uma vez por semana, sempre às quintas-feiras, das 5h ao meio-dia, no Parque de Exposições. De acordo com o presidente da Sociedade dos Criadores de Limoeiro, José Matias Pereira, esta é a maior feira da região. “As pessoas do ramo garantem isso”, destaca o pecuarista. “Limoeiro também tem a segunda maior exposição de animais de Pernambuco, atrás somente da exposição do Cordeiro, no Recife”, acrescenta.

De acordo com estimativas da Sociedade dos Criadores, cada edição da feira de gado recebe mais de 500 pessoas, entre elas pecuaristas, comerciantes e açougueiros. Entre os animais comercializados estão bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos.

Entre os animais comercializados estão bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos. Foto: Luis Francisco Prates/Esp. DP
Entre os animais comercializados estão bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos. Foto: Luis Francisco Prates/Esp. DP

“Temos animais das mais diversas raças. Temos gado para corte, leite, cria, recria e abate. A predominância é dos gados nelore e holandês, mas também temos gados das raças Santa Gertrudes, guzerá, entre outras. No caprino e ovino temos raças como Santa Inês, dorper e anglo nubiano. Os equinos ficam num espaço mais afastado deles, por determinação da Adagro, por questão de vacinação. Tanto aqui quanto nas rádios é feita uma conscientização sobre a vacinação dos animais”, pontua José Matias Pereira.

A feira ajuda não apenas a movimentar a economia local, mas também o setor agropecuário do município. “Para cada animal que se traz para a feira, é cobrada uma taxa de R$ 2, que é destinada para o fundo de reserva da Sociedade dos Criadores. Isso ajuda a manter a feira e a investir em novas estruturas e novos currais”, detalha José Matias.

História
Criado há mais de 60 anos, o evento é realizado no Parque de Exposições Dr. Emídio Cavalcanti, que fica às margens da rodovia PE-50 e pertence à Sociedade dos Criadores de Limoeiro. A feira ficou desativada durante 20 anos e foi reativada em março do ano passado. “Ela primeiro foi instalada na Rua da Alegria, onde hoje é o Ciretran de Limoeiro. Depois, foi para a área perto do posto Apolo. Hoje, desde a reativação, ela é realizada no parque de exposições”, conta Matias.

A desativação, segundo o presidente, ocorreu em uma época de falta de iniciativa por parte dos pecuaristas. “Mas, num esforço da Sociedade e dos diretores, reativamos a feira há um ano. Era necessário para os pecuaristas e comerciantes da região”, sublinha.

Diretoria da Sociedade dos Criadores de Limoeiro não esconde o entusiasmo com a repercussão do evento. Foto: Luis Francisco Prates/Esp. DP
Diretoria da Sociedade dos Criadores de Limoeiro não esconde o entusiasmo com a repercussão do evento. Foto: Luis Francisco Prates/Esp. DP

As histórias para contar são muitas. “Lembro muito de quando meu pai me trazia para cá. Essa paixão dele pela agropecuária me fez criar interesse pela área”, conta o dentista Fernando Amorim. “Nos tempos da antiga feira, eu trazia 100 bezerros do Ceará e vendia tudinho. A feira durava o final de semana todo. Sempre teve muita gente”, recorda o sócio-fundador da Sociedade dos Criadores de Limoeiro, Gerôncio Rufino. “No ambiente da feira, todo mundo fica por dentro dos preços, compra, vende, troca e faz novas amizades. O evento proporciona tudo isso”, pontua José Matias.

O comandante da Sociedade dos Criadores não esconde o entusiasmo com a repercussão do evento. “Temos uma estrutura pronta e muito boa. Vêm pessoas de cidades como Passira, João Alfredo, Cumaru, Salgadinho, Orobó, Machados, Vicência, Feira Nova, Glória do Goitá, Carpina, Lagoa do Carro, Surubim e até mesmo do Recife para cá. A gente espera que, com todo esse crescimento, também venham comerciantes dos estados vizinhos. Isso é muito importante para o desenvolvimento econômico da cidade e da região. Queremos vida longa para a feira”, afirma.

A feira de gados de Limoeiro é organizada pela Sociedade dos Criadores e recebe o apoio da prefeitura municipal, da CDL Limoeiro (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Limoeiro), da Secretaria da Agricultura e da Adagro (Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária). 



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