Índice Inflação no carnaval supera IPC dos últimos 12 meses, diz FGV "O folião vai gastar mais do que no carnaval do ano passado, principalmente se for viajar" diz economista

Publicado em: 05/02/2016 20:20 Atualizado em:

O preço dos produtos e serviços relacionados ao carnaval subiu mais do que a inflação acumulada nos últimos 12 meses, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). A alta atingiu 12,74%, contra 10,74% apurados pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV), que mede a inflação geral.

"O folião vai gastar mais do que no carnaval do ano passado, principalmente se for viajar" disse o economista do Ibre-FGV André Braz. De acordo com o levantamento, os combustíveis registraram aumento significativo nos últimos 12 meses, o que encarece as viagens de carro no feriado: o etanol subiu 27,05% no período; a gasolina, 22,68%; e o gás natural veicular (GNV), 16,53%. No mesmo período, as passagens aéreas subiram 17,68%.

Outro produto consumido pelos foliões que teve elevação de preço acima da média da inflação foram as bebidas. As bebidas alcoólicas vendidas em bares e restaurantes subiram 13,41%. Nos supermercados, o preço das cervejas teve alta de 11,07%. Também houve aumento nos destilados (14,13%), refrigerantes e água mineral (13,32%) e sucos de frutas (11,09%).

O economista da FGV sugere algumas estratégias para quem deseja fazer um pouco de economia no carnaval. Uma delas é levar de casa parte das bebidas que vai consumir durante a folia para reduzir os gastos. As principais refeições (café da manhã, almoço e jantar) devem ser feitas em casa e depois o folião vai para os blocos, porque nos bares e restaurantes o preço da comida teve alta de 8,25%.

Outra dica é dividir com os amigos. “Aquela boa e velha vaquinha. Compra no supermercado, que é mais barato, divide a despesa e bota para gelar no isopor. Dá para economizar um pouquinho ali”. No entanto, segundo Braz, dificilmente o folião vai gastar menos do que gastou no carnaval passado. “Vai ter que desembolsar mais”.

Dos 20 itens pesquisados pelo Ibre-FGV no levantamento, apenas as diárias de hotéis ficaram mais baratas que em 2015, com queda de 1,9%.

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