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Inadimplentes recifenses mantêm otimismo para 2016

Apesar da situação de crise, pesquisa mostra que recifense aposta que finanças pessoais vão melhorar

Publicado: 12/01/2016 às 09:23

Os recifenses deixaram parte do pessimismo com o cenário econômico brasileiro em 2015 e estão otimistas com o novo ano. Segundo pesquisa de Perfil de Inadimplência, divulgada ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL Recife), apesar da crise, 75,9% dos consumidores inadimplentes da cidade acreditam que 2016 será melhor para as finanças pessoais. Em relação à situação financeira atual, porém, o estudo mostra que quase 50% dos recifenses terminaram o ano com um quadro pior que em 2014. Apenas 32,7% dos entrevistados avaliaram que seu orçamento ficará melhor e para 20%, a situação está igual.

Os dados surpreenderam Eduardo Catão, presidente da CDL Recife. “Não esperava ver quase 80% dos entrevistados acreditando em dias melhores. Foi um resultado muito positivo e mostra que as pessoas estão dispostas a mudarem o cenário elas mesmas”, afirma. Catão ressalta, porém, um outro dado da pesquisa que indica que 48,9% dos inadimplentes do Recife não sabem o quanto sua renda está comprometida com dívidas. “Eu sempre falo para quem quer quitar débitos e evitar novos: planejamento é fundamental. O que custa anotar os gastos básicos do mês? Quando o consumidor não tem noção de como estão as suas finanças, as chances de ficar no vermelho aumentam consideravelmente.”

Com relação às causas dos débitos, a pesquisa da CDL mostra ainda uma elevação no número de consumidores inadimplentes por causa do desemprego. Enquanto que, em dezembro de 2014, 22% dos endividados locais alegavam o desemprego como causa para não quitar a dívida, agora, esse percentual é de 25,6%. “Infelizmente, a perda do emprego é um fato diretamente ligado ao crescimento ou queda do varejo”, ressalta Eduardo Catão. 

Outro dado que merece destaque no estudo, para o presidente da CDL, é que o cartão  aparece como causa da maior parte das dívidas dos recifenses. Com 30,1% do total e representando 44,6% dos entrevistados, se somados o combo cartão de loja %2b cartão de crédito, os plásticos são oficialmente os vilões das contas. “Mais uma vez, vemos o perigo do crédito fácil. Muita gente usa o limite do cartão como uma extensão do salário e esse é o maior erro de orçamento que se pode fazer.”
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