Rebaixamento é sinal de atenção e não está precificado, diz Levy
Ministro avaliou que o downgrade não representa um problema para a dívida pública, mas tem impacto para as empresas
Por: Agência Estado
Publicado em: 18/12/2015 12:53 Atualizado em: 18/12/2015 16:10
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta sexta-feira que o rebaixamento da nota de crédito do Brasil é um sinal de atenção que, para ele, não está precificado. "Não entendo essa história de que está tudo precificado, porque a cada momento tem que mudar o rumo da coisa. Achar que está precificado e achar normal não é muito meu estilo", afirmou.
Saiba mais...
Em café da manhã com jornalistas, Levy é evasivo e não responde se sairá
Dólar sobe com decisão do STF e dúvidas sobre permanência de Levy
"Parece que o governo tem medo de reforma", afirma Levy
Levy se despede de colegas e Dilma busca substituto para o ministério
Assessoria nega que Ciro Gomes assumirá Ministério da Fazenda no lugar de Levy
Novo ministro da Fazenda pode ser anunciado ainda hoje
Levy pede empenho do Congresso para aprovar CPMF
Jaques Wagner diz que não será ministro da Fazenda
Impeachment tem poucas chances de prosperar, diz Levy
Levy diz que não se sente traído, mas um pouco decepcionado
Fazenda tem que ter perfil técnico e arrojado, diz Levy
Transparência e eficiência da economia são maiores legados da Lava Jato, diz Levy
Levy disse que é importante tomar medidas fiscais para reverter o rebaixamento. "Voltar a primeira divisão dá trabalho, mas é possível. Ficar parado neste momento é andar pra trás", completa.
Federal Reserve
Já em relação ao aumento de juros pelo Federal Reserve nos Estados Unidos, Levy afirmou que, "ao contrário do rebaixamento" já estava precificado.
Pedaladas
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu o pagamento dos atrasados devidos aos bancos públicos, que ficaram conhecidos como pedaladas fiscais, no "menor prazo possível".
FGTS
Em relação aos recursos devidos ao FGTS pela União, o ministro disse que deverão ser parcelados, como antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. "No caso do FGTS, o mais conveniente é fazer o parcelamento. Tem que ser feito gradualmente, até para caber dentro da programação de despesa primária nos próximos anos. Essa seria melhor estratégia econômica", completou.
O ministro disse que é preciso quitar dívidas com o BNDES de 2012, 2013 e 2014 e que falta pagar mais de R$ 20 bilhões ao BNDES relativo aos subsídios devidos no Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e mais R$ 10 bilhões ao FGTS.
Levy reforçou que é preciso modular o investimento de acordo com a capacidade de pagamento do governo, que não pode continuar se endividando.
Petrobras
No café da manhã com jornalistas, o ministro disse que a situação da Petrobras está avançando e é melhor do que no começo do ano, quando havia dúvidas sobre se a estatal conseguiria publicar seu balanço e sobre problemas de governança.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL
MAIS LIDAS
ÚLTIMAS