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Parque industrial GRI inaugura fábrica em Suape A GRI Flanges Brazil teve investimentos de R$ 81 milhões e vai produzir anualmente 6,5 mil flanges, que são as conexões que permitem verticalizar as torres até atingir maiores amplitudes

Por: André Clemente - Diario de Pernambuco

Publicado em: 18/11/2015 08:23 Atualizado em: 18/11/2015 10:23

Para a composição dos parques eólicos finais, a GRI só não atende com a produção das pás (hélices). Foto: Wagner Ramos/Divulgacao
Para a composição dos parques eólicos finais, a GRI só não atende com a produção das pás (hélices). Foto: Wagner Ramos/Divulgacao
A GRI Renewable Industries, divisão industrial eólica da Gestamp, inaugurou ontem a terceira unidade do grupo no Complexo Industrial Portuário de Suape para produzir componentes para implantação de parques de captação e geração de energia a partir de ventos.

A GRI Flanges Brazil teve investimentos de R$ 81 milhões e vai produzir anualmente 6,5 mil flanges, que são as conexões que permitem verticalizar as torres até atingir maiores amplitudes. Cerca de 80 empregos diretos foram gerados com a nova planta. A GRI já produz 500 torres e 12 mil chapas anualmente, respectivamente nas unidades inauguradas em 2009 e 2011 em Suape. Toda a produção atende exclusivamente o mercado brasileiro, mas a diretoria já cogita possíveis ampliações.

O diretor geral da GRI Brazil, André Aparício, destacou que a área tem margem para possíveis expansões. “Tudo o que produzimos em Suape atende o mercado nacional, mas os estudos podem indicar expansão de algumas das plantas a partir de uma necessidade de mercado internacional, para abastecer alguma de nossas plantas no mundo, por exemplo”, explicou. Outra possibilidade é atuar na área de fundição, único segmento em que o grupo GRI não tem atividade local (as áreas de atuação do grupo são torres, flanges, serviços e fundição). “A segmento de fundição diz respeito ao processo de tratamento de peças e partes do aço bruto, para polos industriais diversos, como é o caso do setor automotivo”, considerou.

Responsabilidade

Para a composição dos parques eólicos finais, a GRI só não atende com a produção das pás (hélices), que, segundo Aparício, fica sob responsabilidade do investidor do parque eólico. “Somos fornecedores das partes mais expressivas. As etapas específicas de acordo com o projeto do nosso cliente são particulares, o que não geram pedidos de alto volume. Não é do nosso interesse produzir hélices por isso.”

As três plantas de Suape empregam 950 pessoas e reúnem investimentos de R$ 200 milhões. Os 80 empregados da unidade de flanges foram treinados por 15 gestores da planta da Zestoa, na Espanha, que fabricaram as primeiras peças. A empresa possui, ainda, fábricas na China, Índia, Turquia, África do Sul e chegará nos Estados Unidos em 2016. No Brasil, são cinco unidades empregando 4 mil pessoas.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, ressaltou a visão de futuro dos investidores em avançar na implantação do player de geração de energia sustentável. “Que bom que escolheram Pernambuco para empregar, investir e apostar em um sistema que não agrida o meio ambiente e que pensa nas próximas gerações. Pernambuco vai entrar na conta de colaboração na mudança da matriz energética do Brasil com a energia eólica, que assim como a solar é fonte limpa.”

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