Frompet abre as portas em Suape
Indústria vai integrar parque fabril da cadeia petroquímica e investiu R$ 90 milhões em nova unidade no complexo
Publicado: 12/11/2015 às 08:16

Com investimento de R$ 90 milhões, a Frompet iniciou ontem a operação no Complexo Industrial Portuário de Suape. Foto: Julio Jacobina/DP/D.A Press/
Mais uma indústria da cadeia petroquímica abre as portas em Pernambuco. Com investimento de R$ 90 milhões, a Frompet iniciou ontem a operação no Complexo Industrial Portuário de Suape. O parque fabril vai produzir preformas PET (peça em forma de tudo que será, posteriormente, transformada no formato final do produto) e realizar a reciclagem de garrafas, gerando 150 empregos diretos e 2.500 indiretos. Antes, a empresa funcionava no município de Jaboatão dos Guararapes. Toda a operação foi transferida para a nova unidade.
“Operávamos em um prédio alugado, com um terço desta área que estamos hoje. Em 2012 resolvemos participar da licitação deste terreno, vencemos e iniciamos as obras em janeiro de 2013. Agora centralizamos toda a operação em Ipojuca”, contou o diretor da Frompet, Marcelo Guerra.
Segundo o executivo, com a transferência da unidade, os funcionários foram convidados a integrar o novo parque fabril. “Todos foram convidados. Quem topou, veio. A nossa ideia é aproveitar o maior número de mão de obra local”, disse. O novo terreno possui dez hectares, sendo 25 mil metros quadrados de área construída.
O parque fabril possui capacidade produtiva inicial de 125 milhões de preformas. Com o sistema utilizado, a previsão é de que o número chegue a 180 milhões já no próximo ano. “Fabricamos toda a embalagem alimentícia. Atendemos, por exemplo, o mercado de águas minerais, soft drinks, óleos comestíveis. A ideia é que consigamos fazer um mix de 25% em cada uma das atividades do mercado alimentício”, disse Guerra.
De acordo com o diretor, instalada no Complexo de Suape, a Frompet ficou mais perto dos fornecedores e terá a distribuição dos produtos facilitada.
“Por uma questão logística, daqui atenderemos prioritariamente os estados do Norte e Nordeste do país. A matéria-prima é adquirida de empresas do complexo e também somos fabricantes de resina pet reciclada com padrão Anvisa homologada para padrão alimentícia. Isso facilita a nossa operação logística”, ressaltou.
A unidade será o nono empreendimento a reforçar o Polo Petroquímico de Suape, composto ainda por seis empresas de preformas PET e duas fábricas de plástico, que somam um investimento de R$ 500 milhões.
“Pernambuco se tornou um polo da indústria PET. Temos tudo para ampliar ainda mais o número de negócios nesta área dentro de métodos produtivos sustentáveis”, afirmou o governador do estado, Paulo Câmara.
A empresa foi fundada em 2002 e, desde então, conta com um auxílio do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe), que oferece até 95% de desconto no crédito presumido do ICMS.
Toyota inaugura CD
A Toyota iniciará neste mês a operação do Centro de Distribuição (CD) da marca no Complexo Industrial Portuário de Suape. Diferentemente do que foi anunciado em fevereiro, quando a montadora assinou um protocolo de intenções com o estado, a operação não será realizada em um terreno cedido pelo governo estadual. A empresa fechou negócio com a Shineray e alugou uma parte da área que hoje é ocupada pela montadora chinesa.
“O projeto da Shineray previa também um centro de distribuição e, por isso, o terreno é bem maior do que a área que eles realmente necessitam hoje. Acontece que eles não pretendem iniciar, agora, a operação do CD e decidiram alugar esta parte do terreno para a Toyota”, contou uma fonte do setor, que preferiu não se identificar. O terreno total hoje ocupado pela Shineray possui área em torno de 200 mil metros quadrados.
O governador do estado, Paulo Câmara, desconversou sobre a localização da unidade. “Eu gosto de anunciar quando já está fechado. O grupo deve informar até o fim deste mês”, disse. Sobre a viabilidade da operação no mesmo terreno da Shineray, devido às regras do plano diretor de Suape, o chefe do estado rebateu: “Não faremos nada por trás das leis vigentes, nem dos licenciamentos que vigoram no nosso estado”.
Procurada pelo Diario, a Toyota disse que não iria se pronunciar sobre o assunto. Durante a assinatura do protocolo de intenções, em fevereiro, a Toyota anunciou que uma segunda fase do projeto incluiria uma pequena linha de montagem. Pelo documento assinado, do complexo portuário, serão distribuídos os veículos produzidos no Brasil (Corolla e Etios) e também na Argentina (Hilux e SW4).

