Recessão técnica
Economia brasileira cai 1,9% no segundo trimestre
O indicador mostra que a soma das riquezas produzidas no Brasil nos meses de abril, maio e junho foi R$ 1.428 bilhões
Publicado em: 28/08/2015 09:12 Atualizado em: 28/08/2015 10:54
O Produto Interno Bruto do Brasil teve queda de 1,9% no segundo trimestre de 2015, na comparação com o primeiro trimestre, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O indicador, que mostra uma “recessão técnica”, indica que a soma das riquezas produzidas no Brasil nos meses de abril, maio e junho foi R$ 1.428 bilhões. Nos primeiros seis meses de 2015, a retração acumulada da economia brasileira foi de 2,1%, segundo o IBGE. O Produto Interno Bruto do segundo trimestre de 2015 ficou 2,6% abaixo do que foi registrado no mesmo período do ano passado.
No primeiro semestre de 2014, o país também entrou em recessão técnica, e, antes disso, a última vez que o Brasil registrou o fenômeno foi no último trimestre de 2008 e primeiro de 2009, durante a crise econômica mundial.
De acordo com analistas do mercado, com esta nova retração no PIB, o Brasil entrou em “recessão técnica”. Na prática, segundo analistas financeiros, essa classificação serve como uma espécie de “termômetro” para medir o desempenho da economia.
Para os especialistas, não são apenas dois resultados negativos seguidos que indicam a recessão técnica, mas sim um conjunto de indicadores negativos, entre eles o aumento do desemprego no mercado de trabalho, a queda na produção industrial e a falência de empresas.
Segundo os dados do IBGE, no período acumulado dos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2015, o PIB recuou 1,2% frente aos quatro trimestres. No ano, de janeiro a junho, a economia registra contração de 2,1%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Rebeca de La Rocque Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE explicou a situação e o resultado divulgado hoje. “Tanto pela ótica da produção quanto pela da despesa, a gente tem que os três principais setores do PIB apresentaram queda em relação ao trimestre anterior”, disse.
Pela pesquisa, os investimentos (formação bruta de capital fixo), sofreram uma redução de 11,9%, no segundo trimestre de 2015, em comparação ao mesmo período de 2014. O percentual foi o maior desde o primeiro trimestre de 1996, quando recuou 12,7%.
A despesa de consumo do governo também caiu 1,1% em relação ao segundo trimestre de 2014 e os gastos das famílias, que também fazem parte dos cálculos e análises do PIB, caiu 2,7%, sendo o segundo recuo seguido do setor. O reflexo deste fenômeno foi a deterioração dos indicadores de inflação, juros altos, crédito, emprego e renda ao longo do período, informou o IBGE através de comunicado.
Para o Banco Central (BC), a previsão era de que o PIB tivesse mesmo recuado de abril a junho deste ano, uma vez que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), indicador que é a "prévia do PIB", apontava uma retração de 1,89% no segundo trimestre deste ano, frente aos três meses anteriores.
Nos números divulgados pelo indicador em agosto, o BC e grande parte dos analistas financeiros apontavam que a economia brasileira entraria em recessão técnica. Sobre uma possível recuperação do PIB, o Boletim Focus, do BC, da última semana, o mercado indica que a economia brasileira deverá ter uma retração de 2,06%, seguida por uma queda de 0,24% em 2016.
Com informações do IBGE
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No primeiro semestre de 2014, o país também entrou em recessão técnica, e, antes disso, a última vez que o Brasil registrou o fenômeno foi no último trimestre de 2008 e primeiro de 2009, durante a crise econômica mundial.
De acordo com analistas do mercado, com esta nova retração no PIB, o Brasil entrou em “recessão técnica”. Na prática, segundo analistas financeiros, essa classificação serve como uma espécie de “termômetro” para medir o desempenho da economia.
Para os especialistas, não são apenas dois resultados negativos seguidos que indicam a recessão técnica, mas sim um conjunto de indicadores negativos, entre eles o aumento do desemprego no mercado de trabalho, a queda na produção industrial e a falência de empresas.
Segundo os dados do IBGE, no período acumulado dos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2015, o PIB recuou 1,2% frente aos quatro trimestres. No ano, de janeiro a junho, a economia registra contração de 2,1%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Rebeca de La Rocque Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE explicou a situação e o resultado divulgado hoje. “Tanto pela ótica da produção quanto pela da despesa, a gente tem que os três principais setores do PIB apresentaram queda em relação ao trimestre anterior”, disse.
Pela pesquisa, os investimentos (formação bruta de capital fixo), sofreram uma redução de 11,9%, no segundo trimestre de 2015, em comparação ao mesmo período de 2014. O percentual foi o maior desde o primeiro trimestre de 1996, quando recuou 12,7%.
A despesa de consumo do governo também caiu 1,1% em relação ao segundo trimestre de 2014 e os gastos das famílias, que também fazem parte dos cálculos e análises do PIB, caiu 2,7%, sendo o segundo recuo seguido do setor. O reflexo deste fenômeno foi a deterioração dos indicadores de inflação, juros altos, crédito, emprego e renda ao longo do período, informou o IBGE através de comunicado.
Para o Banco Central (BC), a previsão era de que o PIB tivesse mesmo recuado de abril a junho deste ano, uma vez que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), indicador que é a "prévia do PIB", apontava uma retração de 1,89% no segundo trimestre deste ano, frente aos três meses anteriores.
Nos números divulgados pelo indicador em agosto, o BC e grande parte dos analistas financeiros apontavam que a economia brasileira entraria em recessão técnica. Sobre uma possível recuperação do PIB, o Boletim Focus, do BC, da última semana, o mercado indica que a economia brasileira deverá ter uma retração de 2,06%, seguida por uma queda de 0,24% em 2016.
Com informações do IBGE
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