"Modesto avanço" Sindifisco critica nova proposta do governo de reajuste para servidores federais A nova oferta envolveu, além do reajuste de 21,3%, atualização em 317,3% no auxílio-creche, além de correções no auxílio-alimentação (22,5%) e no plano de saúde suplementar (23%)

Por: Agência Estado

Publicado em: 21/07/2015 15:37 Atualizado em:

A ampliação da proposta do pacote de reajuste salarial dos servidores públicos federais apresentado nesta segunda-feira pelo governo foi considerada apenas "um modesto avanço" nas negociações pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional).

A nova oferta envolveu, além do reajuste de 21,3% (a ser aplicado ao longo de quatro anos), atualização em 317,3% no auxílio-creche, além de correções no auxílio-alimentação (22,5%) e no plano de saúde suplementar (23%). Somados, esses três realinhamentos nos benefícios representariam um impacto anual orçamentário de R$ 1 3 bilhão, apontou ontem o Ministério do Planejamento, ao apresentar a nova oferta.

O presidente do Sindifisco Nacional, Cláudio Damasceno, critica as negociações e diz que os porcentuais que vêm sendo apresentados pelo Planejamento não restabelecem o protagonismo dos auditores, quando comparados os salários pagos pela Receita Federal com o de várias receitas estaduais. Segundo o Sindifisco os salários da Receita Federal estão em 25º lugar na escala. "Mas não é somente isso. A proposta do governo não contempla questões importantes para os auditores, como a Lei Orgânica do Fisco. Para nós, tudo está interligado e vai além do reajuste salarial", aponta o sindicalista.

Damasceno também alertou que "quem faz hoje um concurso para auditor, faz para a Receita Federal e para as estaduais. Se passa nos dois, escolhe a estadual porque o salário é muito melhor. O governo não percebeu que vem perdendo gente e interesse". De acordo com o sindicato, a remuneração atual de um auditor da Receita é menor que seu equivalente na receita do Amazonas (diferença de 123%), do Pará (de 114%) ou do Piauí (de 76%).

O Sindifisco Nacional informa, ainda, que a nova fase do "Dia Nacional sem Computador" passará a ter ações duas vezes por semana, sempre às terças e quintas-feiras (incluindo o dia de hoje). Nessas jornadas, os computadores permanecerão desligados, sem acesso aos sistemas da Receita, até mesmo no Plantão Fiscal. Nas aduanas, não haverá desembaraço de mercadorias.

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