Artesanto e negócios Artesãos da Fenearte recorrem às promoções para driblar a crise Desde o primeiro dia de evento, já é possível encontrar estandes em promoção e descontos progressivos

Por: Thatiana Pimentel

Publicado em: 03/07/2015 08:32 Atualizado em: 03/07/2015 08:43

Zenaide Silva, artesã gaúcha, pretende aumentar as vendas para 1,7 mil peças nesta edição da Fenearte. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press
Zenaide Silva, artesã gaúcha, pretende aumentar as vendas para 1,7 mil peças nesta edição da Fenearte. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press
A 16ª edição da Fenearte começou ontem com a missão de movimentar R$ 40 milhões durante dez dias. Para tal tarefa, cabe aos cerca de cinco mil artesãos participantes de todo o país elaborarem estratégias que “convençam” os 320 mil visitantes esperados a abrirem seus bolsos, apesar da crise econômica. E eles estão levando a sério esse objetivo.

Desde o primeiro dia de evento, já é possível encontrar estandes em promoção, descontos progressivos (quanto mais unidades comprar, maior o desconto), produtos em tamanhos reduzidos (com preços mais baixos) e, claro, um atendimento com foco na satisfação da clientela.

Logo na entrada da feira, na Galeria dos Mestres, Maria da Cruz, ou Maria de Ana, como é conhecida a filha de Ana das Carrancas, revela que seu plano de vendas se baseia em simpatia e preço bom. “Trouxe 120 peças e não quero voltar com nenhuma para casa. Já pensando na crise, fiz peças menores, que custam a partir de R$ 5. Não tem desculpa para não levar. Qualquer coisa, eu ganho a venda no sorriso”, afirmou.

Outra que também vai apelar para o “carisma” é Magna Flor, da Associação de Artes Plásticas e Artesanato de Fernando de Noronha. Traumatizada com as vendas do estande no ano passado, que foram afetadas pela concorrência com a Copa do Mundo, ela revela que faz qualquer negócio para vender nesta edição. “Temos o apelo dos produtos sustentáveis, peças a partir de R$ 10 e estamos dispostas a baixar os preços para conseguir vender o máximo possível”, completa.

Já a estilista de acessórios Maria Ribeiro montou sua estratégia de vendas com base em promoções, descontos progressivos e ainda no sorteio de um acessório para qualquer visitante que quiser se inscrever no estande, que fica na rua 24. “Vendi 1,2 mil peças em 2014 e quero vender 1,5 mil este ano, por isso cheguei logo com os descontos. Pela movimentação do primeiro dia, acredito que conseguirei aumentar meu faturamento.” No estande de Maria Ribeiro, as peças variam de R$ 10 a R$ 350.

O mesmo pensamento positivo é compartilhado pela artesã Zenaidi da Silva, do Rio Grande do Sul, estande que fica na rua 8. “Acho que como a feira acontece uma vez por ano, as pessoas estão preparadas para ela, querem consumir, porque não vai ter de novo. Em 2014, vendi 1,5 mil peças, este ano quero vender 1,7 mil”, afirmou. Ela é especialista em joias artesanais exóticas e trouxe produtos com preços de R$ 10 a R$ 150.

MAIS NOTÍCIAS DO CANAL