Agropecuária A salvação veio da lavoura setor foi o que teve o maior índice de crescimento no PIB do primeiro trimestre, com alta de 4,7%

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 30/05/2015 09:51 Atualizado em: 30/05/2015 09:56

A agropecuária cresceu 4,7% no primeiro trimestre de 2015 sobre o quarto de 2014 e 4% ante o primeiro trimestre do ano passado. Foto: Gustavo Moreno/CB/D.A. Press
A agropecuária cresceu 4,7% no primeiro trimestre de 2015 sobre o quarto de 2014 e 4% ante o primeiro trimestre do ano passado. Foto: Gustavo Moreno/CB/D.A. Press
A salvação da economia brasileiro neste primeiro trimestre do ano veio mesmo da lavoura. A agropecuária, que cresceu 4,7% no primeiro trimestre de 2015 sobre o quarto de 2014 e 4% ante o primeiro trimestre do ano passado. No acumulado em 12 meses, o agronegócio registra alta de 0,6%.

“A soja cresceu muito, mais de 10% em produção e 4,7% em área plantada. Isso significa que houve ganho de produtividade”, analisou a coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Rebeca de La Roque Paris, que admitiu que o setor ajudou para o resultado do PIB não ser pior.

Com a demanda interna toda em retração, o setor externo conseguiu dar uma contribuição positiva, com as exportações crescendo 5,7%, mais que as importações, que subiram 1,2%. O movimento, claro, é resultado do câmbio. Mas as importações também sofreram com a queda na demanda pela fraca atividade econômica.

Já a surpresa ruim dos dados do PIB ficou por conta dos investimentos, que desabaram muito acima da expectativa do mercado. O tombo na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) foi de 7,8% no primeiro trimestre sobre igual período de 2014 e de 6,9% no acumulado em 12 meses.

O recuo é reflexo da recessão da indústria, que teve retração pelo quarto trimestre seguido. Nos três primeiros meses de 2015, caiu 0,3% sobre o último do ano passado e recuou 3% ante igual período do ano passado, sobretudo por conta do desempenho negativo do segmento de transformação. “O desempenho foi puxado por eletricidade e transformação. O maior peso da indústria, 47% , é transformação, que teve queda de 7%, com piores desempenhos do segmento automotivo e de máquinas e equipamentos, que são os que mais investem”, explicou Rebeca, do IBGE.

Pelo lado da produção, os Serviços, que representam 71% da economia, tiveram o maior impacto na queda do PIB. O setor não resistiu à crise econômica e recuou 0,7% nos três primeiros meses do ano na comparação o quarto trimestre do ano passado.

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