Trabalho Marketing pessoal é estratégico para a carreira. Mas não precisa exagerar

Por: Marina Meireles

Publicado em: 26/04/2015 08:00 Atualizado em: 24/04/2015 18:04

Marketing pessoal é estratégico para a carreira. Mas é bom ter cautela para não exagerar. Foto: Wellington Nemeth/Divulgação
Marketing pessoal é estratégico para a carreira. Mas é bom ter cautela para não exagerar. Foto: Wellington Nemeth/Divulgação
Para alguns, é imprescindível. Para outros, pura vaidade. Mesmo dividindo opiniões entre profissionais do país, o marketing pessoal é uma estratégia cada vez mais utilizada para o crescimento da carreira nos dias atuais. A prática consiste no desenvolvimento da própria imagem dentro da empresa, e, segundo especialistas e praticantes da estratégia, a autopromoção só deve existir quando o profissional for capaz de fazer aquilo que promete, desde as dinâmicas de grupo nas seleções até a ocupação do posto de trabalho.

Segundo a consultora de carreiras Dolores Affonso, a técnica consiste no destaque dos próprios pontos positivos. “Fazer marketing pessoal não significa dizer que é o melhor, mas mostrar suas habilidades de forma compatível com a realidade”, esclarece Dolores. Para que não haja ausência ou exagero da própria promoção dentro da empresa, a consultora aponta as autoanálises como fundamentais para identificar os próprios pontos positivos e negativos e, assim, iniciar as técnicas de autopromoção. “É preciso sair da falsa humildade e reconhecer suas habilidades e limitações. O funcionário não deve se superestimar ou se subestimar”, afirma Dolores.
 
No caso de profissionais tímidos, o marketing pessoal externo, ou seja, fora do ambiente de trabalho, pode ser uma saída para ser reconhecido na empresa. Para a consultora, o uso de redes sociais pode ser o ponto de partida para chamar a atenção dos colegas de trabalho, assim como a participação em palestras e capacitações. “Mostrar interesse nos assuntos de trabalho, opinar durante as reuniões e mostrar soluções para conflitos na empresa também são maneiras de crescer no ambiente profissional e fazer uma propaganda positiva”, sugere a consultora.

Formado em administração, o recifense Murilo Gun, empreendedor que faz uso do marketing pessoal para alavancar a carreira desde a adolescência, explica que a estratégia é praticamente uma necessidade nos dias atuais. “Há uma ou duas gerações, os profissionais trabalhavam muitos anos em um único local. Nessa época, a imagem do funcionário era associada à da empresa. Hoje, essa prática já não é muito provável e o mercado está mais dinâmico”, afirma. Para Gun, atualmente responsável por palestras com a máxima “Você é a sua marca”, o relacionamento interpessoal é uma das chaves para a construção de uma boa imagem como funcionário.
 
A rede de contatos funciona como uma das principais alternativas para o bom desenvolvimento da estratégia, segundo Dolores Affonso. “É preciso cultivar bons relacionamentos dentro da empresa para que o profissional seja reconhecido também pelos colegas”, diz. Além do networking ser fundamental, Dolores também ressalta a importância de apresentar resultados para que a propaganda não seja “enganosa”. “É importante fazer aquilo que dizemos ter capacidade de fazer, para que o marketing pessoal não seja uma fraude”, esclarece Dolores.

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