Páscoa amarga Ovos de Páscoa devem ficar 16,5% mais caros este ano

Por: Rosália Vasconcelos

Publicado em: 06/03/2015 10:40 Atualizado em: 06/03/2015 10:54

O consumidor do Recife deve preparar o bolso para as compras de ovos de Páscoa, que podem ter um aumento de até 16,5% em comparação aos preços do ano passado. A alta do dólar de 12,8% em 2014 e o aumento da inflação foram os índices que mais influenciaram no valor dos produtos este ano. Para especialistas, a pesquisa de preços nas lojas ainda é a melhor alternativa para quem não quer abrir mão dos chocolates nesta data.

De acordo com o economista e professor da Faculdade Boa Viagem Marcelo Barros, no Nordeste o reajuste dos preços dos ovos de Páscoa pesa também devido ao aumento do valor do combustível, pois a maior parte das indústrias funciona no Sul e Sudeste do país e muitas vezes o custo do transporte também é repassado para o consumidor. Outro insumo importante, a energia elétrica, também sofreu reajuste e deve pesar no bolso na hora de consumir o chocolate. “A alta do dólar elevou tanto o custo do cacau, que é uma commoditie, como os brindes infantis importados da China”, justifica o economista.

Para não transformar o doce em amargo, a saída nesse caso é a pesquisa de preços. “O índice de 16,5% é o aumento do ovo de Páscoa na indústria. Mas há redes de supermercados que repassam um aumento menor para ganhar na escala, absorvendo parte dos custos, o que pode representar um aumento médio de 10% para o consumidor final, em relação ao ano passado”, explica Barros. Segundo ele, a variação de preço entre uma loja e outra também pode ser de até 50%. Em 2013 e 2014, o aumento médio do valor dos ovos de Páscoa foi de 5% a 6%,.

O economista orienta fazer uma escolha mais seletiva na hora da compra. “Escolher ovos de Páscoa sem brindes e de menor tamanho é uma estratégia. Outra opção é apostar nas barras e caixas de chocolate”, diz. Já para quem deixar para comprar o chocolate na segunda-feira após o domingo de Páscoa, pode ganhar um desconto de até 70% sobre o valor do produto.

A funcionária pública Salomé da Silva, 58 anos, sempre deixa para comprar os chocolates na Semana Santa. Ela ainda não fez a pesquisa de preços, mas garante: “Se tiver fora do meu orçamento, vou recorrer a alternativas. Tem gente que vai ficar sem ganhar ovo de Páscoa, ou ganhará apenas uma barrinha para não passar em branco”, confessa.

Vendas

A Páscoa é considerada a segunda data mais importante para o setor de supermercados, atrás do Natal. Apesar disso, 55,8% dos supermercadistas acreditam que, este ano, as vendas ficarão no mesmo nível de 2014, segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Já uma parcela de 26,9% dos supermercadistas está mais otimista, apostando em vendas melhores em 2015.

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