Câmbio Dólar em alta afeta as finanças de quem vai viajar ao exterior

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 03/03/2015 19:26 Atualizado em: 04/03/2015 14:14

Engana-se quem pensa que as sucessivas altas do dólar – que fechou nesta terça-feira (03) cotado a R$ 2,92 – interessam apenas ao mercado financeiro. As operações de câmbio impactam diretamente para quem viaja ao exterior. Para esse turista, a diferença na cotação pesa no bolso. Nos últimos 12 meses, o menor valor alcançado pelo dólar foi R$ 2,19. Ou seja, uma diferença de 73 centavos em comparação ao câmbio atual. Para quem precisa comprar US$ 1 mil, a operação sairia R$ 730 mais cara.

O professor André Magalhães, do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) dá algumas dicas para quem está planejando uma viagem e precisa comprar a moeda norte-americana. “O melhor a fazer é comprar aos poucos, com antecedência, e sempre pesquisar bastante os preços”, sugere, acrescentando que é difícil prever a cotação, já que vários fatores, internos ou externos, influenciam na alta ou queda da moeda.


Magalhães disse que conhece casos de pessoas que deixaram de viajar porque não planejaram a aquisição do dinheiro e perceberam que teriam um gasto maior que o esperado, por conta do cenário econômico atual. “Deve-se evitar compras no exterior usando o cartão de crédito porque ainda incide sobre o valor a a taxa do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e não há como controlar quanto vai estar o câmbio no vencimento da fatura”, esclarece o economista.

Antes de partir para as casas de câmbio, é preciso entender que ele pode flutuar ao longo do dia e pesquisar é fundamental para economizar. O Diario consultou cinco casas de câmbio e encontrou valores acima dos R$ 3, com variações entre R$ 3,03 e R$ 3,11 para o dólar. O maior valor foi registrado no Aeroporto do Recife. “Fazer operação de câmbio no aeroporto sempre é mais caro. Só recorra a ele em caso de emergência e, de preferência, opte por trocar pequenos volumes”, ensina André Magalhães.

A mesma lógica se aplica a outras moedas, como o euro. Mas moedas menos populares, como dos países do Oriente Médio, costumam custar caro no Recife por conta da baixa oferta. “Nesses casos, muitas vezes compensa comprar dólar ou euro aqui e trocar em uma casa de câmbio fora do aeroporto, no país de destino”, sugere o professor.



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