Protesto
Caminhoneiros aguardam negociações para decidir sobre buzinaço em Brasília
Por: Agência Estado
Publicado em: 03/03/2015 13:46 Atualizado em: 03/03/2015 14:36
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
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Alceo Tramujos Neto, 41 anos, está com o caminhão parado próximo ao Estádio Mané Garrincha. Residente em Pitanga, no Paraná, dirigiu 1.318 quilômetro até Brasília. "Os deputados vieram aqui pela manhã (acampamento no Estádio) e disseram que vão apresentar uma proposta de redução do imposto do óleo diesel", relatou. Questionado por que o movimento não tem líderes ou um sindicato que o represente, afirmou que não queria ser enganado. "Em outras ocasiões os sindicatos nos traíram. O pessoal do sindicato não é mais caminhoneiro, eles estão há anos fora das estradas", argumentou.
Os caminhoneiros em Brasília disseram ainda que chegaram ao Distrito Federal com apoio da população das suas cidades. "A população está nos apoiando. Em Joaçaba (SC) conseguimos juntar R$ 5 mil para custear o trajeto. Quando viemos de lá para cá, a cidade parou para a nossa carreata. Foi lindo ver aquele povo todo dando apoio", afirmou Gilberto Bandeloff, 48 anos. Segundo ele, na segunda-feira correram boatos de que eles iriam fechar as entradas de Brasília e que, por isso, a polícia iria segurar a entrada de caminhões. "Isso era mentira. Nós temos responsabilidade, não íamos travar isso aqui tudo", disse ao apontar para o Eixo Monumental, uma via com seis faixas e trânsito intenso na capital federal. "Estamos perdendo dinheiro parados, com essas manifestações, mas perdemos mais se a gente trabalhar", afirmou.
A Polícia Militar do Distrito Federal informou que o Batalhão de Trânsito está de prontidão para intervir nas vias de Brasília se for necessário. Tropas de choque também estão preparadas, mas em seus respectivos batalhões, à espera de ordens. "Por enquanto está tudo tranquilo. Nada indica que haverá confusão. Conversamos com muitos caminhoneiros porque não há uma liderança e eles foram unânimes ao garantir que não vieram para bloquear vias ou causar problemas", afirmou o tenente-coronel Evaldo Soares.
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