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Alça viária Arco Metropolitano emperra outra vez

Por: Rosália Vasconcelos - Diario de Pernambuco

Publicado em: 27/03/2015 10:00 Atualizado em:

As obras do Arco Metropolitano, com muito otimismo, só devem começar em 2016. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), apesar dos estudos do lote 2, entre o município do Cabo de Santo Agostinho e a BR-232, estarem bastante avançados, ainda não há traçado definido para o lote 1, que liga Goiana ao cruzamento da BR-101 com a BR-408. Esse último trecho é o ponto de conflito entre gestores públicos, movimentos sociais e prefeitos das cidades do Litoral Norte.

Ontem (26), em audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco, diversos setores apresentaram suas considerações sobre a alça viária. Há 12 traçados, para o lote 1, sendo estudados pelo Dnit.

A discussão está longe de ser pacífica. Deputados e representantes do governo do estado defendem a agilidade na definição da rota do trecho 1. A preocupação é garantir os recursos federais para as obras e possibilitar o escoamento do que vem sendo produzido pelos polos industriais de Goiana. Os movimentos sociais pedem cautela.

“Caso o Arco Metropolitano passe por dentro da mata de Aldeia, o abastecimento de água de muitas cidades ficará comprometido. Temos que ponderar a que custo virá esse desenvolvimento”, defendeu Herbert Tejo, do Fórum de Aldeia. Uma das rotas sugeridas pelos ambientalistas foi a utilização de uma infraestrutura viária já existente: a PE-41 e a BR-408. Essa parte da alça circularia a mata de Aldeia e diminuiria o impacto no meio ambiente.

 O primeiro projeto do Dnit previa que a alça ligasse Goiana ao cruzamento da BR-408 com a BR-101, passando pela mata de Aldeia.

Caso a proposta da sociedade civil seja acatada, esse trecho da alça seguiria pela PE-41, que precisaria ser duplicada, até a BR-408, que já é alargada. Beneficiaria as cidades de Araçoiaba, Carpina e Paudalho. “Outra proposta é duplicar a PE-41 até o cruzamento com a BR-408 e construir uma rota viária entre esse ponto até a BR-101”, propôs Tejo. Já os prefeitos dos municípios do Litoral Norte cobram que o trecho 1 do Arco comece em Igarassu .

O superintendente do Dnit em Pernambuco, Cacildo Cavalcante, não expôs na audiência quais seriam as 12 opções de traçado em estudo. Mas garantiu, sem informar prazos, que ao chegar num traçado que atenda às exigências propostas, haverá uma nova audiência para apresentação do projeto. “O governo federal tem total interesse em executar o Arco. Mas só podemos dar celeridade às obras do lote 2 quando os estudos do lote 1 estiverem adiantados”, disse Cacildo. Após a definição do traçado do primeiro trecho, o Dnit abre licitação para o projeto executivo.

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