Energia Aneel define bandeira tarifária vermelha para o mês de fevereiro. Consumidor vai pagar mais

Por: Agência Estado

Publicado em: 30/01/2015 15:07 Atualizado em: 30/01/2015 16:19

Consumidor terá um aumento de R$ 3 a cada 100 kwh consumidos. Foto: Junot Lacet/DB/D.A Press
Consumidor terá um aumento de R$ 3 a cada 100 kwh consumidos. Foto: Junot Lacet/DB/D.A Press
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta sexta-feira (30) que a bandeira tarifária para o mês de fevereiro de 2015 é vermelha. Para os consumidores, isso significa um acréscimo de R$ 3 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos (exceto para os Estados do Amazonas, Amapá e Roraima).

O sistema de bandeiras tarifárias opera com as cores verde, amarela e vermelha, indicando se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade, para os quatro subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN). Assim, o consumidor poderá identificar qual a bandeira do mês e reagir a essa sinalização com o uso consciente da energia elétrica, sem desperdício, explica a Aneel.

Bandeira verde significa condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo. Bandeira amarela representa condições de geração menos favoráveis, em situação na qual a tarifa sofre acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Bandeira vermelha significa condições mais custosas de geração, quando a tarifa sobre acréscimo de R$ 3 para cada 100 kWh consumidos.

Sem margem

O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, afirmou nesta sexta-feira que o órgão não tem muito mais margem de manobra para garantir o abastecimento de energia em caso de escassez de chuvas. "É um desafio mesmo, porque não tem margem. Só uma medida ou outra. O grande vilão agora é a chuva", disse.

Chipp diz que é preciso aguardar o mês de fevereiro, um dos mais chuvosos tradicionalmente, para saber como ficará o nível dos reservatórios e tomar alguma nova medida. Embora não use a palavra racionamento, ele admitiu que a demora para agir pode levar a cortes mais drásticos.

"Quanto mais você espera, aumenta o corte. Se você tomar antes diminui o corte, mas corre o risco de chover. É muito difícil esse "trade off" (escolha)", disse. Pela previsão do ONS, no fim de fevereiro o nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste deverá ser de 20,1%, não muito superior aos 17,2% atuais

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