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TEATRO

Oficina de Teatro para Mulheres com Vivências Terapêuticas abre nova turma virtual

Publicado em: 07/06/2021 20:56

 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação


Mergulhada em si, buscando identificar o despertar das suas próprias dores, a atriz e diretora de teatro Hilda Torres decidiu investir em dinâmicas integrativas, unindo teatro e psicologia, voltadas ao público feminino. A Oficina de Teatro para Mulheres com Vivências Terapêuticas inicia hoje, com 12 encontros, sempre nas noites de segundas. São oferecidas bolsas para mulheres pretas e trans. “Fui encontrando também cada vez mais as dores do mundo. Com essas sensações sendo acessadas decidi fazer trabalhos de, para e por mulheres em cena”, conta Hilda. Informações podem ser obtidas pelo telefone (81) 92002-9784.

As aulas são destinadas a pessoas que se identificam como mulheres, cis e trans. “O que motivou esse recorte foi a importância de possibilitar espaços de vez e voz para as mulheres e assim, também, combater a opressão que nós vivenciamos todos os dias em razão do sistema do patriarcado que nos violenta durante a jornada histórica”, resume.

A oficina tem a proposta de identificar dores e traumas desenvolvidos através das opressões e despertar a sua autoconsciência, o autocuidado, o autoamor e permitir vivenciar novas jornadas, despertando o protagonismo da sua própria história. Os encontros são baseados na experimentação de possibilidades, promovendo o contato e a legitimação de sensações e sentimentos. “sobretudo, as sensações que foram silenciados, pelas opressões que nos foram historicamente impostas pelo machismo estrutural.”

A oficina é dividida em dois módulos. No primeiro, intitulado “o eu feminino em passos livres", Hilda explora a escuta terapêutica e a autonomia no movimento individual de cada mulher. No segundo, são introduzidos experimentos de construção de cenas. “A dramaturgia é construída a partir das próprias histórias e uma conta a história da outra como se fosse sua.

O tema escolhido para cada montagem vem da demanda da roda”, explica a atriz. Ao longo de sua jornada, Hilda já ministrou 13 turmas realizadas pelo grupo Cria do Palco, 4 turmas em parceria com Sesc e 2 turmas em festivais, totalizando 19 turmas. Já passaram pela oficina em torno de 500 mulheres.

Essa será a terceira turma realizada na pandemia. “Lamento não termos mais a potência da presença, o toque, o cheiro, o olhar próximo e o aquecimento que acontece quando estamos juntas, mas nos encontros virtuais a gente ganha na potencialização e fortalecimento do espaço que são reinventado e a possibilidade de encontrar companheiras de outras regiões e fazer a integração. O virtual, diante do contexto atual, também é uma resistência”, destaca.

A atriz ressalta a importância de cada vez mais dar espaço às mulheres. “É de grande importância, sobretudo quando trazemos essa proposta através da arte - estamos oferecendo mais um espaço para ressignificar, de se reconhecer na outra, de perceber que não está só. Para sabermos de onde viemos, onde estamos, para onde queremos ir e o que vamos deixar como legado para as nossas descendentes, todas que virão e já estão chegando”, conclui.

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