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CULTURA

Museu do Homem do Nordeste investe em segurança antes de reabertura

Publicado em: 07/09/2020 15:27

 (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação
O Museu do Homem do Nordeste (Muhne), equipamento cultural da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) está instalando o sistema de combate a incêndio nos edifícios Gil Maranhão, sede do Muhne, e Saturnino Gonçalves, onde fica o setor administrativo e a reserva técnica, ambos no campus Casa Forte da Fundaj. A ideia é evitar tragédias como a que aconteceu no Museu Nacional em 2018.

O incêndio que comprometeu em grandes proporções o acervo do bicentenário Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em setembro de 2018, expôs os perigos de fogo, infiltração e inundação em museus do país. Em novembro de 2015, a Organização das nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) havia estabelecido entre as funções primárias dos museus a preservação do patrimônio, incluindo “a análise de risco e o desenvolvimento de capacidades de prevenção e de planos de emergência”

O Muhne tem um acervo de 15 mil peças, sendo mil na exposição permanente e as outras 14 mil guardadas na reserva técnica. As intervenções na área de exposição do térreo devem ser concluídas até dezembro. Nas demais áreas (reserva técnica e primeiro andar do  Edificio Gil Maranhão) terminarão em janeiro de 2021. 

O sistema de prevenção inclui sinalizações de rotas de fuga, sensores de fumaça, caixas d’água e mangueiras. Para a realização das obras no Edifício Gil Maranhão, a exposição de longa duração do Muhne foi desmontada, peças foram transferidas para a reserva técnica e painéis e vitrines do local receberam proteção especial. “Na segunda quinzena do mês de julho, iniciamos os trabalhos de desmontagem da exposição tomando todos os cuidados necessários. Nessa primeira parte, vamos instalar a caixa d’água de 25 mil litros, as mangueiras e os detectores de fumaça”, explica o coordenador de Museologia do Muhne, Albino Oliveira.

Segundo Oliveira, a instalação no Edifício Saturnino Gonçalves será mais minuciosa. Para a realização da instalação hidráulica para o sistema de sprinkler e colocação dos sensores de fumaça, as peças da reserva técnica, composta por nove salas, serão deslocadas antes do início das obras. “Vamos retirar todas as peças do espaço. será um trabalho minucioso que requer muita atenção e cuidado porque envolve boa parte do acervo do museu, mas a readequação é necessária”, destaca o coordenador.  

Além do sistema de prevenção e combate a incêndios, a adequação do Museu do Homem do Nordeste visando à acessibilidade universal é uma importante ação para garantir o direito de todos e todas ao acesso a ambientes mais acolhedores e inclusivos. “A partir da compreensão de que a sociedade é composta por pessoas em diferentes condições e com necessidades variadas, estamos trabalhando a questão da acessibilidade de uma maneira geral, seja física, sensorial ou de atitude. Iremos elaborar maquetes eletrônicas, réplicas das peças para que as pessoas possam senti-las e audiodescrição em todo o circuito do museu, além de treinamentos de libras para os/as monitores/as”, afirmou Almeida.

“Deixar o museu tecnicamente adequado tanto na questão da prevenção e combate a incêndios como da acessibilidade é uma vitória. Todo museu tem esse sonho. O Muhne segue sempre em busca de novas conquistas. Todos os quesitos legais serão cumpridos para garantir a segurança do acervo e do público”, ressalta o coordenador-geral do Muhne, Frederico Almeida. Ele atesta que o plano de combate a incêndio tem a aprovação do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco. 

Reabertura 

Devido às intervenções,  o Muhne reabrirá parcialmente à medida que as instalações dos sistemas forem avançando.  Para isso a coordenação-geral  do Museu do Homem do Nordeste está montado um plano de reabertura com os cuidados exigidos pela pandemia do Coronavírus. A meta é reabrir o espaço expositivo até dezembro. 
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