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Teatro

Grupo teatral celebra trinta anos de atividade em Pernambuco

Publicado em: 30/07/2019 09:59 | Atualizado em: 30/07/2019 11:22

O Auto da compadecida sendo encenado pelo grupo. Foto: Márcia Galvão
O Teatro Popular de Arte (TPA) celebra 30 anos de carreira, com um currículo de peso. O grupo de Petrolina, abarca em sua performance diversas vertentes da arte cênica nacional e internacional. Em 2019, nos meses de agosto e setembro, o TPA celebra os seus 30 anos de trajetória apresentando sete diferentes espetáculos do seu repertório, das mais diferentes vertentes teatrais, sempre no Teatro Dona Amélia – Sesc Petrolina, geralmente às 20h, com a exceção do dia 10 e 11 de agosto. Os ingressos estão disponíveis por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

A versatilidade do grupo é tamanha. Do despojamento, o folclórico, a linguagem desabrida e gostosa das farsas de Ariano Suassuna, passando pelo o universo onírico do teatro infantil, até o realismo duro, combativo, humano e paradoxalmente encantador das favelas de Gianfrancesco Guarnieri e seus anti-heróis. 

Dentro da programação especial, as peças escolhidas foram: A verdadeira história de Glauco Horowitz: Patética, de João Ribeiro Chaves Netto; A revolta dos brinquedos, de Pernambuco de Oliveira e Pedro Veiga; O Santo e a porca, Auto da compadecida e A Pena e a lei, todas de Ariano Suassuna; O Santo inquérito, de Dias Gomes; e A Cantora careca, de Eugène Ionesco.

Programação completa:
A Verdadeira História de Glauco Horowitz – Patética!
Dias 03 e 04/08/2019, às 20h
A peça aborda o episódio do assassinato do jornalista Vladimir Herzog durante a ditadura militar, no dia 25 de outubro de 1975, após sessão de tortura nas dependências do DOI-CODI de São Paulo. Foi escrita um ano depois por seu cunhado e também dramaturgo João Ribeiro Chaves Netto. O texto denuncia a tortura no Brasil, dialogando com questões estéticas da dramaturgia contemporânea. Durante seu lançamento o texto foi premiado, teve a premiação suspensa, foi confiscado, depois vetado.

A Revolta dos Brinquedos
Dias 10 e 11/08/2019, às 17h
A Revolta dos Brinquedos é um peça infantil, que mostra o cotidiano de uma menina que se sente solitária e irritada por conta da ausência dos pais, envolvidos em sua busca diária pelo sustento da família, pelo sucesso pessoal e profissional. A garota, então, extravasa a sua irritação, maltratando e quebrando seus brinquedos.


A Pena e a Lei
Dias 10 e 11/08/2019, às 20h
A peça é dividida em três atos, cada um deles conta uma estória, com uma junção e interligação entre elas. O primeiro ato é denominado A Inconveniência de Ter Coragem, onde os atores representam bonecos do mamulengo nordestino; O segundo ato trata do Caso do Novilho Furtado, em que os atores representam um misto de bonecos e gente de farsa; O terceiro ato é chamado de Auto da Virtude da Esperança, em que os atores representam como gente, mais despojados dos trejeitos grosseiros dos atos anteriores. 
 
A Cantora Careca
Dias 17 e 18/08/2019, às 20h
A Cantora Careca, de Eugène Ionesco, cuja estreia ocorreu em 11 de maio de 1950 no teatro francês Théâtre des Noctambules, é uma das mais conhecidas obras do Teatro do Absurdo. Quando da sua estreia, a reação do público causou surpresa a Ionesco, pois o público pôs-se a rir do que ele mesmo considerava como “Tragédia da linguagem e da condição humana”, ou seja, uma anti comédia. A obra pode ser entendida como uma caricatura da sociedade moderna, e atinge com a mesma força a sociedade contemporânea, marcada por paradoxos e discursos vazios. 

O Santo Inquérito
Dias 07 e 08/09/2019, às 20h
O Santo Inquérito, pelo Teatro Popular de Arte, faz parte da convicção de que se a censura ideológica das manifestações artísticas é ilegal e ilegítima. É a noção de um teatro engajado, na busca de uma consciência social e política, na prática de uma arte autêntica e séria. A encenação do TPA amplia a proposta original de Dias Gomes, acentuando o metafórico-simbólico, explicitando de forma mais contundente as intenções interpostas nas entrelinhas...
 
O Santo e a Porca
Dias 14 e 15/09/2019, às 20h
Para retratar o tema da avareza humana, Ariano Suassuna bebeu em outras fontes do teatro universal, como O Avarento, de Molière e Aululária, de Plauto, permeando a trama de saboroso Nordeste, com seus personagens e tipos puramente brasileiros, construindo cenas e diálogos dos mais cômicos da dramaturgia nacional. O Santo é Santo Antônio e a Porca é uma porca de madeira onde o velho avarento esconde suas economias. Ariano diz que O Santo e a Porca representa a traição que a vida, de uma forma ou de outra, termina fazendo a todos nós. A vida é traição, uma traição contínua. Traição nossa a Deus e aos seres que mais amamos. Traição dos acontecimentos a nós, dentro do absurdo de nossa condição humana. 

Auto da Compadecida
Dias 21 e 22/09/2019, às 20h
A peça é considerada a obra-prima da dramaturgia de Ariano Suassuna é tida como um dos textos mais populares do moderno teatro brasileiro. Baseada em romances e histórias populares do Nordeste, sobretudo no folheto de cordel As Proezas de João Grilo, que são mostradas em toda a peça, o Auto da Compadecida possui um parentesco com gêneros mais antigos de outras épocas e regiões. A forma e o desenvolvimento da ação lhe aproxima dos autos de Gil Vicente e da Commedia Dell’arte italiana. Quanto ao tema, pode ser enquadrada na tradição das peças da Alta Idade Média (século XIV), em que, numa história mais ou menos – e às vezes muito – profana, o herói em dificuldades apela para Nossa Senhora, que comparece e o salva, tanto no plano espiritual como temporal.

SERVIÇO
Onde: Teatro Dona Amélia – Sesc Petrolina, geralmente às 20h
Quando: Do dia 03/08 até 22/09
Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

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