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Infantil

Dia do Circo é momento para celebrar prática milenar

Crianças praticam modalidades circenses na Escola Pernambucana de Circo, que funciona há 22 anos no Bairro da Macaxeira

Publicado em: 23/03/2019 15:01 | Atualizado em: 02/04/2019 11:55

Larissa Beatriz, 14, ingressou nas aulas circenses anos 6 anos para superar a timidez. Foto: EPC/Divulgação
Todo mundo gosta de alguma modalidade do circo, seja malabarismo, palhaçaria, acrobacia, monociclo, contorcionismo, equilibrismo ou ilusionismo, entre outros. Na próxima quarta-feira, dia 27 de março, o mundo comemora o Dia do Circo. É um momento para celebrar os profissionais que continuam dando vida a essa arte milenar. Embora conquiste novos admiradores até hoje, a prática é mais antiga do que muitos pensam. Segundo historiadores, quase todas as civilizações antigas já praticavam algum tipo de arte circense há pelo quatro mil anos.

O circo, como grande espetáculo, começou a tomar forma durante o Império Romano. As atrações eram as corridas de carruagens, lutas de gladiadores, apresentações de animais selvagens e de pessoas com habilidades incomuns, como engolidores de fogo. Com a chegada da Idade Média, artistas populares começaram a improvisar apresentações em praças públicas, feiras e entradas de igrejas. Foi quando começou a nascer as famílias e grupos “nômades”, que viajavam para fazer espetáculos pelas cidades.

No entanto, foi só no século 18, na Inglaterra, que surgiu o circo moderno, com um picadeiro circular e a reunião de diferentes atrações. Ainda hoje, mesmo com aparelhos tecnológicos e shoppings, muitas crianças enchem os olhos quando veem lonas coloridas montadas em diferentes pontos da cidade. Algumas outras crianças, contudo, gostam mesmo de estar sob os holofotes, praticando algumas atividades circenses. É o caso das que frequentam a Escola Pernambucana de Circo, que funciona há 22 anos no Bairro da Macaxeira.

Kauã Crystiano Lins, de 14 anos, entrou na Escola Pernambucana de Circo com 8. Foto: EPC/Divulgação


Kauã Crystiano Lins, de 14 anos, entrou no circo com 8. Inicialmente, sua mãe queria que ele fizesse alguma atividade física além do futebol. Assim que começou a frequentar a Escola Pernambucana de Circo, gostou muito de acrobacia, uma prática com muitos benefícios físicos e mentais. "Sonhava em conseguir dar mortais rápidos. Agora falta pouco para atingir este objetivo", diz o garoto.

"Além deste aprendizado, o circo também despertou ainda mais minha criatividade para que eu possa fazer outra coisa de que gosto muito, que é escrever histórias e pensamentos aleatórios. O circo me dá também inspiração, força de vontade e muita disciplina. Há um ano sonhava em vir para Trupe para aprender mais coisas, estar mais avançado na área e para me apresentar, me tornar profissional", conta.

Larissa Beatriz, 14, ingressou nas aulas circenses anos 6 anos para superar a timidez. “Foi surpreendente e difícil, eu não falava com quase ninguém, sentia muita vergonha. Depois de um tempo, fui me acostumando e hoje me sinto solta”, recorda a menina, que saiu da escola por um período de seis meses, mas acabou voltando após sentir saudades.

Os interessados em participar da Escola devem tentar a inscrição durante o mês de julho, caso existam novas vagas. Os encontros gratuitos são realizados nas segundas e quartas (para quem tiver entre seis e dez anos) e nas terças, quintas e sextas (dos 11 aos 16 anos), das 14h às 17h.

Conheça as origens das modalidades

HOMEM ELÁSTICO
O contorcionismo já era uma modalidade olímpica na Grécia Antiga há mais de 2,5 mil anos. Há registros mais antigos, porém, de cerca de 5,5 mil anos, indicando que, talvez, a prática já fosse usada na China para o treinamento de guerreiros.

MÃOS MÁGICAS
O malabarismo teria sido praticado inicialmente em rituais religiosos da Antiguidade. Os chineses equilibravam pratos girando-os, enquanto gregos e egípcios utilizavam bolas, depois substituídas por tochas acesas.

POR UM FIO
O primeiro relato de equilibrismo na corda bamba data de 108 a.C., na China, durante uma festa palaciana em homenagem a estrangeiros. O impacto foi tamanho que o imperador decidiu realizar espetáculos do gênero todo ano.

PALHAÇO A CAVALO
Na origem do circo moderno, na Inglaterra do século 18, o palhaço e o equilibrismo com piruetas sobre um cavalo eram um só número. O sucesso foi tão grande que os clowns ganharam cada vez mais espaço no picadeiro.

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