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COLUNAS

Fogo cruzado

A reforma necessita de um bom propagandista

Publicado em: 07/05/2019 07:58

Na política, dizia o ex-deputado Thales Ramalho, de saudosa memória, há coisas que se assemelham a uma conta matemática. A reforma da Previdência é uma delas. Se a receita das contribuições dos segurados totaliza 50, por exemplo, e a despesa representa 100, óbvio que alguma coisa tem que ser feita para cobrir essa diferença. Até agora, o déficit vem sendo coberto com recursos do tesouro. Mas esse caixa não pode bancar, indefinidamente, um rombo que já ultrapassa os 200 bilhões. Daí a necessidade dessa reforma, cujo projeto se encontra tramitando na Câmara Federal. No entanto, como a reforma exigirá algum sacrifício de todos os brasileiros em favor do interesse coletivo, contra ela já se levantam poderosas corporações de servidores públicos estaduais e federais. A pressão que elas exercem sobre nossa bancada federal só pode ser neutralizada com uma propaganda consistente em sentido contrário, mostrando didaticamente aos brasileiros que se essa reforma não for realizada o país corre o risco, em curto prazo, de não dispor dos recursos necessários para pagar a sua folha de inativos. Só que o “propagandista” não pode ser o presidente da República que, por não estar totalmente convencido do acerto dessa medida, tem se revelado um péssimo “vendedor” da mais importante reforma do seu governo. Tem que ser alguém do ramo.

Chamamento compulsório
Daniel Coelho (CID) tem lá suas razões quando propõe a exclusão de estados e municípios do texto da reforma previdenciária para pressionar os governadores do Nordeste a empunharem também essa bandeira. Ele vê certo “oportunismo” na conduta dos governadores, que torcem pela aprovação da reforma mas não querem pôr nela as suas digitais. Só que, deixar que cada estado defina suas próprias regras previdenciárias, pode significar o caos.

Trio com poder de fogo
Ao cortar, sem critério, 30% da receita orçamentária das universidades federais, o ministro Abraham Weintraub (Educação) comprou uma briga com três categorias que poderão levar a pasta ao imobilismo: os reitores, os professores e os estudantes. Só nas três federais de Pernambuco o corte será superior a R$ 80 milhões.

Agenda colombiana
Coube a Murilo Cavalcanti, secretário de Segurança Urbana da Prefeitura do Recife, elaborar a agenda que o governador Paulo Câmara cumpriu na Colômbia de quarta a sábado da semana passada. Murilo já esteve em Bogotá mais de 30 vezes e foi quem convenceu o prefeito Geraldo Julio (PSB) a construir duas unidades do Compaz.

A terra dos festivais
Pernambuco tem uma série de festivais consolidados que já deveriam fazer parte do calendário turístico do estado: Festival de Inverno de Garanhuns, Festival da Uva e do Vinho de Lagoa Grande, Festival do Jeans de Toritama, etc. Este último, encerrado no último domingo, atraiu uma média de 30 mil pessoas/dia. É de lá que saem 80% do jeans produzido no Brasil.

Quase candidato
Filho do médico Guilherme Robalinho, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho, decidirá esta semana se entra ou não na disputa pela vaga de Raquel Dodge, cujo mandato se encerrará em setembro. Robalinho nasceu em SP, quando o pai fazia residência na Unicamp, mas com 4 meses de idade mudou-se para o Recife. Formou-se em Economia pela UFPE e em Direito pela UnB.

A tática do silêncio
Candidato do governador João Doria (SP) à presidência nacional do PSDB, o ex-deputado Bruno Araújo (PE) tem adotado a tática do silêncio. Não há registro de que tenha procurado os principais caciques da legenda (FHC, Serra, Aécio, Alckmin) para conversar e muito menos os órgãos de imprensa para externar suas opiniões sobre o futuro do partido.

Dos Bandeirantes para o Planalto
Bruno Araújo assumiria a direção do PSDB com a missão de “preparar” a candidatura de Doria a presidente da República em 2022. Só que, nos últimos 70 anos, o único governador de SP que chegou ao Planalto foi Jânio Quadros (1954). Os outros que disputaram levaram pau: Ademar de Barros, Maluf, Mário Covas, Quércia, Serra e Geraldo Alckmin.
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