MISSÃO
Sonda Hera é lançada para estudar um asteroide desviado pela Nasa
O lançamento foi celebrado pela equipe em terra, especialmente após a primeira comunicação bem-sucedida com a navePublicado em: 07/10/2024 21:06
Sonda DART se aproximando do asteroide (foto: Divulgação/ESA) |
A sonda Hera, que estudará o asteroide Dimorphos, foi lançada com sucesso nesta segunda-feira (7) de Cabo Canaveral, no estado americano da Flórida, acoplada a um foguete Falcon 9 da SpaceX, conforme transmitido ao vivo pela Agência Espacial Europeia (ESA).
A missão deve chegar ao asteroide em 2026, dois anos após uma nave da Nasa colidir com ele para desviar sua trajetória, como parte de um teste de "defesa planetária" sem precedentes.
Hera vai "investigar a cena do crime", reunindo dados para tornar essa técnica de desvio cinético confiável para futuras situações, explicou o diretor da ESA, Josef Aschbacher, durante a transmissão.
O tenso lançamento foi celebrado pela equipe em terra, especialmente após a primeira comunicação bem-sucedida com a nave, uma hora após seu envio para uma viagem de dois anos pelo espaço.
Havia preocupações com possíveis atrasos por causa do furacão Milton, que está se aproximando da Flórida como uma tempestade de categoria 5, a mais alta.
A SpaceX afirmou no domingo que as chances de realizar o lançamento eram de apenas 15%.
Além disso, uma anomalia afetou no mês passado outro foguete Falcon 9. Mas a Administração Federal de Aviação dos EUA não considerou esse um problema para Hera.
Dimorphos, que estava a 11 milhões de quilômetros da Terra, tem cerca de 160 metros de diâmetro e não apresentava risco para o planeta. Ao se chocar contra esse asteroide, o aparato da Nasa conseguiu deslocar sua órbita em 33 minutos.
Agora, a missão europeia, avaliada em US$ 400 milhões (R$ 2,19 bilhões), vai utilizar dois nanossatélites para investigar a estrutura e composição do asteroide.
Embora asteroides de grandes dimensões, como o que causou a extinção dos dinossauros, sejam raros, objetos menores, com cerca de 140 metros, podem causar catástrofes regionais e se chocam contra a Terra a cada 20.000 anos.
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