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ASTRONOMIA

Nasa identifica diferença de temperatura matinal e noturna em exoplaneta

WASP-39 é um planeta ainda maior que Júpiter em que de um lado é dia e do outro é noite

Publicado em: 15/07/2024 17:16


O WASP-39 b é um planeta gigante, com o diâmetro de cerca de 1,3 vezes o de Júpiter (foto: NASA, ESA, CSA, Ralf Crawford (STScI))
O WASP-39 b é um planeta gigante, com o diâmetro de cerca de 1,3 vezes o de Júpiter (foto: NASA, ESA, CSA, Ralf Crawford (STScI))

Uma pesquisa feita com auxílio do telescópio espacial James Webb identificou que um exoplaneta com satélite a cerca de 700 de anos-luz da Terra tem diferença de temperatura na sua atmosfera diurna e noturna. O WASP-39 b é um planeta gigante, com o diâmetro de cerca de 1,3 vezes o de Júpiter, em que um lado fica eternamente de dia e o outro eternamente de noite.

 

Usando o NIRSpec, sensor infravermelho do James Webb, os cientistas detectaram que a temperatura na parte que fica de noite é cerca de 300 graus Fahrenheit, aproximadamente 148 graus Celsius, mais quente. Também conseguiram detectar que a metade matutina fica com o céu mais nublado que a noturna.

 

Segundo os astrônomos, a circulação de gás em torno do planeta deve ser a principal causa da diferença de temperatura. A explicação foi obtida por meio de um modelo tridimensional semelhante aos usados para previsão dos padrões climáticos da Terra. “Essa análise também é particularmente interessante porque você está obtendo informações 3D sobre o planeta que não estava obtendo antes”, afirma Néstor Espinoza, pesquisador de exoplanetas no Space Telescope Science Institute e autor principal da pesquisa.

 

Nos próximos estudos, a equipe deve investigar como a cobertura de nuvens pode afetar na temperatura e vice-versa. Os resultados promissores devem direcionar novas pesquisas, que utilização o método de análise para entender a atmosfera de outros Júpiteres quentes, nome utilizado para designar planetas semelhantes a Júpiter que orbita próximo à sua estrela em um ciclo de até 10 dias.

 

Os resultados foram publicados na revista Nature.

 

 

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