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Calor: 2023 termina como o ano mais quente da história do planeta

O planeta chegou numa média de 1,48ºC acima do registrado nos níveis pré-industriais, na beira do limite de 1,5ºC firmado pelo Acordo de Paris

Publicado: 09/01/2024 às 21:23

O período entre julho e dezembro de 2023 bateu todos os recordes mensais de calor/foto: Ed Alves/CB/DA.Press

O período entre julho e dezembro de 2023 bateu todos os recordes mensais de calor/foto: Ed Alves/CB/DA.Press


O período entre julho e dezembro de 2023 bateu todos os recordes mensais de calor

Dados divulgados pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, demonstram que o ano de 2023 foi o mais quente já registrado no planeta nos últimos 100 mil anos. O monittoramento registrou várias condições climáticas recordes, com médias globais que ultrapassaram os níveis pré-industriais de 1850-1900, com uma temperatura média de 1,48ºC mais quente. 

 

Durante o monitoramento feito pela instituição em 2023, várias condições climáticas recordes foram reportadas, como médias diárias globais que ultrapassaram os níveis pré-industriais de 1850-1900 com temperaturas 1,48ºC mais quentes.

 

 

Meio ambiente entra em alerta máximo em 2024

 

França registrou em 2023 segundo ano mais quente desde início do século XX

As temperaturas registradas no globo a partir de junho de 2023 contribuíram para que o ano fosse o mais quente desde que os registros passaram a ser feitos, em 1850. A temperatura média global foi de 14,98ºC — 0,17ºC superior a 2016, o segundo ano com maiores temperaturas.

 

A pesquisa revela que cada um dos meses entre mês de junho a dezembro do ano passado foi omais quente para o periodo na história, com destaque para julho e agosto, os dois meses mais quentes já registrados na história. Dezembro também entra na lista de meses com temperaturas mais elevadas, com registros médios de 13,51ºC — 0,85ºC acima da média de 1991-2020.

 

O diretor da Copernicus, Carlo Buontempo, comenta que os extremos observados nos últimos meses fornecem um testemunho dramático sobre o quão longe estamos do clima da época em que nossa civilização começou a se desenvolver. “Se quisermos gerir com sucesso o nosso portfólio de riscos, precisamos urgentemente descarbonizar nossa economia, utilizando dados e conhecimentos climáticos para nos prepararmos para o futuro”, afirma.

 

 

Média pode superar 1,5ºC em 2024

 

O Acordo de Paris, firmado em dezembro de 2015, se comprometeu em manter o aumento da temperatura média global limitado a 1,5ºC acima da era pré-industrial. Porém, a realidade não segue a linha do tratado. De acordo com os dados do Serviço de Mudanças Climáticas, é provável que até fevereiro deste ano a temperatura monitorada exceda 1,5ºC acima do nível pré-industrial, situação que coloca o mundo em risco.

 

“Isto não significa que tenhamos ultrapassado os limites estabelecidos pelo Acordo de Paris (uma vez que se referem a períodos de pelo menos 20 anos em que esta anomalia de temperatura média é ultrapassada), mas abre um precedente terrível”, descreve a pesquisa.

 

 

Clima brasileiro em 2023

 

O ano passado foi marcado por inúmeras quebras de recordes de temperatura no território brasileiro. As ondas de calor marcaram a segunda metade de 2023, que chegou a gerar sensação térmica acima de 50ºC no Rio de Janeiro, temperaturas acima dos 37ºC em São Paulo, 36ºC no Distrito Federal e calor extremo também em praticamente todos os estados do país. 

 

 

Confira as informações no Correio Braziliense

 

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