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Esporte que une: em meio ao distanciamento das redes sociais, a corrida vem para integrar

Publicado em: 03/09/2019 18:34

Foto: Peu Ricardo/DP
No século XXI, vivemos o auge da Era Digital, com a explosão das redes sociais.  Com tantas ferramentas de comunicação à distância, a pergunta a ser feita é: como fazer para aproximar as pessoas para além do mundo virtual? Uma das respostas para esta pergunta é simples. Em um esporte que vêm ganhando os holofotes, e adeptos no mundo inteiro: a corrida.  

Em meio à febre do mundo virtual, que muitas vezes separa ao invés de unir, a atividade física surge como solução frente à agitação do dia-a-dia. Para compartilhar experiências. A corredora pernambucana de 35 anos anos, Gislaine Marques, explica o porquê. 

A administradora de empresas entrou há quatro anos em um grupo de corrida de Recife, o Loucos Por Corrida de Rua. Diagnosticada com pré-diabetes e sedentarismo naquele período, a pernambucana, desde que começou a praticar a modalidade, não parou mais.

“O grupo foi essencial no início de minhas atividades, porque passei 30 anos de sedentarismo puro. Entre treinos e reeducação alimentar, consegui eliminar quase 15kg, melhorar minha saúde, conhecer pessoas maravilhosas e de quebra me tornar maratonista. Em 2018 conclui minha primeira maratona. Hoje eu entendo a importância de cuidarmos da nossa saúde. Conto com o apoio dos meus amigos corredores e procuro me superar a cada corrida que participo”, destacou Gislaine. 

No entanto, as redes sociais não são, de todo, ruins. Foi a partir delas, por exemplo, que Gislaine convidou seus amigos para correrem. “Eu me conectei a um mundo novo. O bom é que a gente sai do virtual para o asfalto. E aí a coisa fica real”, disse.  

“A corrida é um esporte bem democrático, temos pessoas dos mais diferentes jeitos fazendo a mesma coisa: saindo da zona de conforto. Eu tenho observado que cada vez mais a onda está crescendo. Um convida o outro e todo mundo vai se juntando. As redes sociais me ajudaram muito. Através delas eu me conectei a um mundo novo. O bom é que a gente sai do virtual para o asfalto e a coisa fica real”, finalizou a administradora. 

Mas a rotina de Gislaine Marques é compartilhada, também, por outras pessoas. A analista de desenvolvimento humano de 32 anos, Fernanda Gomes, que também é corredora de rua, é outra a acreditar que o esporte tem potencial para unir pessoas. Integrante dos grupos Coiotes Corredores e Corredores Zona Norte desde 2016, ela afirma que, pelo bom convívio com o grupo, só mexe no celular para tirar fotos com os amigos corredores ao final de cada treino. Inclusive, por conta disso, ganhou o apelido de ‘retratista’. 


“Eu gosto tanto do grupo que eu deixo o celular de lado. Só pego se for pra registrar o momento com um retrato. Por conta disso meus amigos colocaram um apelido de ‘retratista’ em mim. Fiz amigos e eles são os melhores que eu poderia ter. Além disso, tive o privilégio de, pessoalmente, rever outros colegas do tempo de colégio, correndo comigo, o que acontecia só por redes sociais”, lembrou Fernanda Santos.   
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