MEIO AMBIENTE Vaquita marinha capturada para salvar a espécie morre nas mãos de cientista Animal, que é o menor cetáceo do mundo, foi levado à beira da extinção pela pesca ilegal com redes de emalhar

Por: AFP - Agence France-Presse

Publicado em: 06/11/2017 20:02 Atualizado em: 06/11/2017 20:28

Divulgação (Divulgação)
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Os esforços do México para salvar a vaquita marinha, espécie criticamente ameaçada, foram seriamente abalados quando um dos apenas 30 exemplares restantes na natureza morreu logo depois de ser capturado pelas autoridades.

A vaquita marinha, o menor cetáceo do mundo, foi levada à beira da extinção pela pesca ilegal com redes de emalhar. 

O governo mexicano e grupos de conservação lançaram um plano sem precedentes para salvar a espécie, levando o maior número possível de exemplares a uma reserva marinha protegida. 

O ministro do Meio Ambiente mexicano, Rafael Pacchiano, elogiou a captura, no sábado, de uma fêmea adulta - o primeiro animal em idade reprodutiva a ser capturado -, qualificando-a como "uma grande conquista que nos enche de esperança". 

A vaquita capturada, no entanto, "sofreu complicações" e sua condição de saúde se deteriorou, tuitou Pacchiano. 

As tentativas das autoridades de soltá-la de volta no Golfo da Califórnia - o único lugar no mundo onde as vaquitas são encontradas - não foram bem-sucedidas. 

Pacchiano anunciou a morte do animal no domingo, e disse: "Continuamos empenhados em salvar a vaquita da extinção".
 
As autoridades estavam aguardando os resultados da autópsia para entender a causa da morte. 

O Comitê Internacional para a Recuperação da Vaquita (CIRVA), que projetou o programa, disse que, embora as operações de resgate envolvam um risco significativo, "o risco de extinção devido à mortalidade em redes de pesca é muito maior do que o risco dos esforços de resgate". 

A iniciativa, que começou em outubro, está tentando localizar as vaquitas restantes usando monitoramento acústico, buscas visuais e golfinhos treinados pela marinha dos Estados Unidos. 

As vaquitas capturadas serão transportadas para um santuário marinho, onde se espera que procriem, antes de serem mandadas de volta à natureza.


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