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Saúde Vacina aplicada após sessões de quimioterapia evita a volta da leucemia Para os criadores, a solução poderá ajudar os doentes com restrições ao transplante de medula óssea, uma das terapias padrões da doença

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 08/12/2016 11:10 Atualizado em:

Uma vacina pode ajudar na cura da leucemia mieloide aguda (LMA) sem a necessidade do transplante de medula óssea. Pesquisadores dos Estados Unidos desenvolveram uma fórmula composta por células humanas e que, aplicada em pacientes depois do fim das sessões de quimioterapia, evita as recaídas, problema frequente durante esse tipo de tratamento. Os criadores acreditam que a substância protetiva poderá ser útil principalmente para os indivíduos mais velhos, que têm grandes restrições ao transplante. Detalhes do trabalho foram divulgados na edição desta semana da revista Science Translational Medicine.

Impulsionar o sistema imune para combater doenças graves é uma estratégia que tem sido bastante explorada na área médica. Com base em resultados positivos dessa prática, os investigadores resolveram testar a mesma técnica contra a LMA, a leucemia mais comum em adultos. %u201CMétodos de imunoterapia alavancam os sistemas de defesa do corpo para combater as células cancerosas. Ao criar uma vacina personalizada, usamos o poder do sistema imunológico para, seletivamente, segmentar o câncer de cada paciente e evitar os efeitos colaterais da quimioterapia%u201D, explica, em comunicado, David Avigan, um dos autores e professor de Medicina da Universidade de Harvard.

A vacina foi desenvolvida com células de defesa retiradas de um paciente com leucemia e células dendríticas, que libertam células-T, capazes de eliminar tumores. %u201CO desenvolvimento dessa vacina personalizada se baseou na premissa de que o tratamento eficaz de cânceres estabelecidos exige a indução de imunidade com vários antígenos (substâncias que ativam a resposta imune do corpo), incluindo os neoantígenos, especificamente expressos pelas células de câncer do próprio paciente%u201D, destaca Donald Kufe, também autor e pesquisador do Instituto do Cancro de Dana-Farbe, em Boston.

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