Diario de Pernambuco
Busca
Estudos Cientistas vão tentar reverter morte cerebral e trazer pacientes de volta à vida Desde o desenvolvimento de técnicas para ressurreição cardiorrespiratória, a morte cerebral é o critério determinante pelo qual a medicina considera o quadro irreversível

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 04/05/2016 11:07 Atualizado em: 04/05/2016 11:22

Estudos recentes na área já sugerem que ainda há alguma atividade cerebral e fluxo sanguíneo após a morte Foto: Reprodução/Internet (Estudos recentes na área já sugerem que ainda há alguma atividade cerebral e fluxo sanguíneo após a morte Foto: Reprodução/Internet)
Estudos recentes na área já sugerem que ainda há alguma atividade cerebral e fluxo sanguíneo após a morte Foto: Reprodução/Internet

Empresas de biotecnologia da Filadélfia conseguiram aprovação ética de vigilantes de saúde americanos para uma nova abordagem nos estudos em pessoas que sofreram morte cerebral. O projeto, chamdo ReAnima, deverá trazer 20 pacientes, com idades entre 15 e 65 anos e considerados clinicamente mortos, de volta à vida. Desde o desenvolvimento de técnicas para ressurreição cardiorrespiratória, a morte cerebral é o critério determinante pelo qual a medicina considera o quadro irreversível.

A Bioquak, empresa focada no desenvolvimento de novos produtos biológicos para a regeneração complexa e reversão de doenças, e a Revita, focada em aplicações terapêuticas translacionais de células-tronco, pretendem trabalhar com o uso células tronco, estimulação de nervos e outras técnicas para tentar reverter o quadro. Para isso, os cientistas devem manter os pacientes biologicamente ativos com máquinas, para evitar que o cérebro e o resto se decomponham. "Isto representa a primeira tentativa do tipo e mais um passo na direção da eventual reversão da morte em nossa geração", afirma Ira Pastor, CEO da Bioquark, em entrevista ao The Guardian. "Esperamos ver resultados nos primeiros três meses", diz.

"Acreditamos que estamos muito perto de um ponto em que a barreira entre um coma e o coma irreversível ou morte cerebral se tornará mais flexível, e esperamos ter mais perspectivas promissoras em 2017. Entre 50.000 e 150.000 pessoas morrem diariamente não por envelhecimento, mas por vários traumas agudos que levam à morte cerebral. Pensamos que essa pesquisa terá um grande impacto", disse Pastor em entrevista ao MailOnline.


Estudos recentes na área já sugerem que ainda há alguma atividade cerebral e fluxo sanguíneo após a morte cerebral, mesmo que isso não seja suficiente para que o corpo continue operando normalmente. Há ainda outras criaturas na natureza que conseguem reverter o quadro com regeneração, reparo ou mudança completa de algumas partes do cérebro.


MAIS NOTÍCIAS DO CANAL