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Saúde mental

Manicômios: uma luta difícil de vencer

Publicado: 19/05/2015 às 15:42

Profissionais, pacientes e familiares fizeram passeata. Foto: Julio Jaconina/DP/D.A Press/

Profissionais, pacientes e familiares fizeram passeata. Foto: Julio Jaconina/DP/D.A Press/

Catorze anos após a aprovação da Lei de Saúde Mental, que estabeleceu novas diretrizes de tratamento, oito centros psiquátricos com internação continuam funcionando no estado. Ontem, 300 profissionais de saúde mental, pacientes e familiares fizeram uma passeata para lembrar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial e chamar atenção da sociedade.

Dos 976 leitos ainda disponíveis, 160 estão no Hospital Ulysses Pernambucano, na Tamarineira, onde só é feito atendimento de emergência. Mas ainda moram no hospital dez pacientes que perderam contato com a família.

“O abandono dificulta bastante o gerenciamento da situação. A Tamarineira continua com esses pacientes pois é necessária a criação de novas residências terapêuticas para recebê-los”, explicou a gerente de Saúde Mental do Estado, Léa Lins.

Segundo Léa, a secretaria pretende descredenciar os hospitais, apesar da ausência de uma rede mais ampla.

Os Centros de Atendimento Psicossocial (Caps) são o modelo considerado mais adequado, no qual o tratamento é feito sem internação. No estado existem atualmente 108 unidades , com capacidade para atender de 20 a 60 pessoas por turno, cada uma.
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