Pesquisa Fiocruz Paraná isola o vírus da febre chikungunya transmitida no Brasil

Publicado em: 05/03/2015 11:48 Atualizado em:

A equipe liderada do laboratório de virologia molecular do Instituto Carlos Chagas (ICC)/ Fiocruz Paraná isolou o vírus causador da febre chikungunya em amostras humanas vindas de Feira de Santana, na Bahia. Com a descoberta, realizada em fevereiro, um kit de diagnóstico da doença confiável e com preço competitivo poderá ser produzido a médio prazo, para que qualquer pessoa com suspeita possa ser testada em todo o Brasil.

A pesquisa vem sendo realizada há três anos, coordenada pela virologista Cláudia Nunes Duarte dos Santos. Atualmente o teste laboratorial não existe em larga escala e na maioria das vezes, a doença é apontada por um diagnóstico clínico epidemiológico, com informações sobre uma região onde o vírus está circulando, combinada com os sintomas de febre e dores articulares.

A equipe da Fiocruz Paraná trabalha com duas possibilidades: um teste rápido para ser feito à beira do leito em 15 minutos, e um teste ELISA (sigla para Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), que detecta anticorpos no sangue, já usado no diagnóstico de outrass doenças.

Segundo a pesquisadora existem hoje no Brasil outras cepas de vírus, uma sequenciada e uma mutação no genoma que permite que, além do Aedes aegypti, o vírus cresça no mosquito Aedes albopictus, que suporta temperaturas mais baixas e é muito agressivo. O último Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, aponta 771 os casos autóctones suspeitos no Brasil, sendo 82 confirmados (nove por exame laboratorial e 73 por diagnóstico clínico epidemiológico), 687 em investigação e dois descartados no período de 4 de janeiro a 7 de fevereiro deste ano. Os estados do Amapá, Mato Grosso do Sul, de Goiás, da Bahia, e Distrito Federal são os afetados.



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