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Estudo
A gasolina com o chumbo contaminou mais a América do Sul que mineradora
Publicado: 07/03/2015 às 10:39
Decisões que ignoram o impacto sobre a natureza podem ter um preço ambiental caro e longo demais. É o que mostra um estudo feito por pesquisadores suíços sobre a contaminação por chumbo na América do Sul. A pesquisa, publicada ontem na revista especializada Science Advances, mostra que algumas décadas de adição do metal à gasolina foram mais danosas que 2 mil anos de atividades mineradoras, iniciadas no continente ainda pelas sociedades pré-colombianas — nos anos de uso do combustível, a poluição triplicou.
Segundo Anja Eichler, coautora do trabalho e pesquisadora do Instituto de Pesquisa em Ciências Naturais Paul Scherrer (Suíça), estudos sobre o tema são comuns no Hemisfério Norte, mas havia uma quase completa ausência de dados na América do Sul. Buscando preencher essa lacuna, ela e colegas coletaram amostras de gelo da Montanha Illimani, nos Andes bolivianos, e as submeteram a uma análise detalhada com a ajuda de um espectrômetro de massa, aparelho usado para medir moléculas com extrema precisão. “O Illimani foi escolhido porque ele está em estreita proximidade com os depósitos polimetálicos estendidos do altiplano, onde as atividades de mineração associadas à poluição de chumbo pesado têm sido praticadas desde os tempos pré-coloniais”, conta Eichler ao Correio.
A análise laboratorial do gelo boliviano mostrou que houve uma grande elevação da presença de chumbo — uma material altamente tóxico — no ambiente da região depois da década de 1960. “Antes disso, a principal fonte antrópica (de origem humana) do chumbo na região era a mineração local, muito praticada durante os períodos das culturas pré-colombianas, da era colonial e da produção de outros metais (como o estanho e cobre) a partir do início do século 20”, explica Eichler.
Segundo Anja Eichler, coautora do trabalho e pesquisadora do Instituto de Pesquisa em Ciências Naturais Paul Scherrer (Suíça), estudos sobre o tema são comuns no Hemisfério Norte, mas havia uma quase completa ausência de dados na América do Sul. Buscando preencher essa lacuna, ela e colegas coletaram amostras de gelo da Montanha Illimani, nos Andes bolivianos, e as submeteram a uma análise detalhada com a ajuda de um espectrômetro de massa, aparelho usado para medir moléculas com extrema precisão. “O Illimani foi escolhido porque ele está em estreita proximidade com os depósitos polimetálicos estendidos do altiplano, onde as atividades de mineração associadas à poluição de chumbo pesado têm sido praticadas desde os tempos pré-coloniais”, conta Eichler ao Correio.
A análise laboratorial do gelo boliviano mostrou que houve uma grande elevação da presença de chumbo — uma material altamente tóxico — no ambiente da região depois da década de 1960. “Antes disso, a principal fonte antrópica (de origem humana) do chumbo na região era a mineração local, muito praticada durante os períodos das culturas pré-colombianas, da era colonial e da produção de outros metais (como o estanho e cobre) a partir do início do século 20”, explica Eichler.
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