Violência
Ato na escadaria da Alepe marca os seis anos dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes
Manifestação aconteceu nesta quinta (14) e contou com a particpação de grupos de mulheres
Por: Diario de Pernambuco
Publicado em: 14/03/2024 12:11 | Atualizado em: 14/03/2024 17:15
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Mulheres participaram de ato que lembrou Marielle Franco, no Recife (Foto: Marina Torres/DP) |
Os assassinatos da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes completaram seis anos nesta quinta-feira (14).
Para marcar a data, um ato foi realizado às 10h, nas escadarias da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
O ato teve a presença de parlamentares, representantes da Setorial de Mulheres do Psol e do Fórum de Mulheres de Pernambuco.
Ele fez parte de uma ação coordenada pelo Instituto Marielle Franco, que desenvolveu ações em todo o país, relembrando os seis anos de morte de Marielle e Anderson Gomes.
A ideia foi cobrar celeridade das investigações para descobrir o mandante do crime.
A deputada Dani Portela (Psol) disse que o dia 14 de março virou um dia de luta e de combate ao feminicídio no Brasil.
"Será sempre lembrado como um dia em que tentaram não apenas silenciar Marielle, mas silenciar tantas mulheres negras e periféricas que lutam para mudar esta fotografia do poder e a forma de fazer política. O assassinato de Marielle foi uma tentativa de nos enterrar, mas não sabiam que éramos sementes. Somos milhares de sementes espalhadas pelo país construindo uma luta que é antirracista, feminista, anticapitalista, anti LBGTfóbica e popular. Seguimos em luta por justiça e pedindo a condenação inclusive de quem matou Marielle, pois até hoje não há ninguém respondendo por esse crime! E nós exigimos respostas", disse a deputada.
No País
Um ato em frente à Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, no Centro da cidade do Rio de Janeiro, lembrou os seis anos dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.
Os manifestantes, liderados pela viúva de Marielle, atualmente vereadora Mônica Benício (PSOL), pediram Justiça.
Marielle e seu motorista foram assassinados na noite de 14 de março de 2018, quando o carro onde estavam foi fuzilado, no bairro do Estácio, na região central da cidade.
Dois acusados dos homicídios, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, foram presos em março de 2019, um ano depois do crime.
Lessa é suspeito de ter efetuado os disparos e Queiroz, de conduzir o carro usado no assassinato.
Um terceiro homem, o ex-bombeiro Maxwell Simões Correia, foi preso no ano passado, depois de uma delação premiada de Queiroz, que o apontou como responsável por monitorar as movimentações de Marielle.
Em janeiro deste ano, Edilson Barbosa dos Santos foi preso, suspeito de ajudar a se desfazer do carro usado no crime. Outros suspeitos foram mortos no decorrer do inquérito policial.
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