Comissão Militar diz que associação de chefes militares em tentativa de golpe é "pouco sustentável"
Na última semana, as investigações da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe mencionaram o nome de Victor Carneiro, filho do general Sérgio Carneiro, presidente do Clube Militar.
Publicado: 16/02/2024 às 19:08

A carta defende os representantes de adotar "posiçoes extremadas"./Reprodução
Em nota divulgada nesta sexta-feira (16), a Comissão Interclubes Militar, formada por Exército, Marinha e Aeronáutica, afirmou que é "pouco sustentável" a associação de chefes militares a tentativas de golpe de Estado.
"Observamos, com apreensão, a exposição de distintos chefes militares, associados a atos que supostamente atentaram o Estado Democrático de Direito – algo que, cumpre registrar, consideradas as suas trajetórias de vida, avaliamos ser pouco sustentável", diz a nota, assinada pelos três presidentes dos clubes militares.
A carta defende os representantes de adotar "posiçoes extremadas", reforçando que tais posturas não seriam promovidas no "seio das Forças Armadas".
Além disso, a nota informa que deve ser "imprescindível que os processos em andamento sejam conduzidos com responsabilidade e imparcialidade, respeitando os limites legais, o devido processo legal, a igualdade perante a Lei, o contraditório e a ampla defesa".
Na última semana, as investigações da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe mencionaram o nome de Victor Carneiro, filho do general Sérgio Carneiro, presidente do Clube Militar.
Carneiro foi o sucessor de Alexandre Ramagem na direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e foi citado pelo general Augusto Heleno no que seria um plano para infiltrar agentes nas campanhas de adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições do 2022.