Brasil
ONZE ANOS DEPOIS
Caso Eliza Samúdio: júri de ex-policial segue na quinta com debates orais
Publicado: 25/08/2021 às 22:53

/Conhecido como Zezé, ex-policial é acusado de sequestrar Eliza e o filho dela com o goleiro Bruno, o Bruninho, em 4 de junho de 2010. Foto: Reprodução/redes sociais
Acusado de envolvimento na morte da modelo Eliza Samúdio em 2010, o policial civil José Lauriano de Assis Filho - julgado desde as 10h desta quarta-feira (25) no Fórum de Contagem, na Grande BH -, será o último a ser ouvido pelos jurados na sessão de hoje, que deve entrar pela madrugada. Os trabalhos serão encerrados em seguida e retomados amanhã (26), a partir das 9h.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denuncia José Lauriano, conhecido como Zezé, pelo sequestro de Eliza e Bruninho, filho dela com o goleiro Bruno Fernandes, então com 4 meses.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o julgamento não deve ultrapassar dois dias. Hoje, onze testemunhas prestaram depoimento: 4 informantes, 4 testemunhas comuns e 3 testemunhas exclusivas da defesa.
Amanhã (26) ocorrerão os debates orais entre a promotoria e a defesa do réu, que podem ter réplica e tréplica. O próximo passo é a reunião dos jurados para decidir sobre o futuro do acusado: culpado ou inocente.
Vinte testemunhas chegaram a ser intimadas, mas nove foram dispensadas. Agora à noite, o júri ouviu o depoimento gravado de Jorge Luiz Lisboa Rosa, prestado na 1ª fase do processo.
As oitivas da ação penal, que corre em segredo de Justiça, começaram com o delegado Wagner Pinto, atualmente aposentado, que trabalhou na apuração do caso. Ele afirmou que Zezé manteve contato telefônico com outros participantes do homicídio da modelo e confirmou que o ex-policial esteve no motel onde ela teria ficado antes de ser morta.
O grupo de depoentes também inclui a delegada Alessandra Wilke, que participou das investigações, Macarrão, além do próprio jogador.
O Tribunal do Júri é conduzido pelo juiz Elexander Camargos Diniz. O conselho de sentença é composto de cinco mulheres e dois homens.
O crime
Depois de se relacionar com Eliza Samudio em 2009, Bruno Fernandes passa a ser pressionado pela mulher para assumir a paternidade de uma criança.
No mesmo ano, ela presta queixa contra o jogador na Justiça carioca por agressão e por forçá-la a abortar. Em 9 de junho de 2010, a modelo chega ao sítio do jogador em Esmeraldas, supostamente para resolver a situação.
Após o dia 10 de junho, ela não foi mais vista. A polícia recebeu uma denúncia anônima em 24 de junho sobre o suposto assassinato, que envolveria outras oito pessoas.
A Justiça decretou a prisão de Bruno, então goleiro do Flamengo, em 6 de julho de 2010. O atleta respondeu por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado do filho e ocultação de cadáver, crimes cujas penas somadas variam de 14 a 36 anos de prisão.
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